"Os Ressuscitadores" - Capítulo I

Segundo a História, foram os Fariseus que mataram Cristo. Acto continuo, se deram conta do erro que cometeram. Todo o povo da Galileia e arredores longínquos se revoltaram contra os assassinos. Os gritos da vingança propagavam-se a uma velocidade instantânea. Ponce Pilatos lava as mãos, como fazem todos os assassinos. A força da razão era de tal ordem que pouco  importava morrer ou viver – o que se exigia era “justiça” e  que os assassinos tivessem o mesmo castigo de  Jesus.

Milhares e milhares chegavam de todos os lados. A vingança era clara… foi quando os assassinos se deram conta que Cristo era mais perigoso morto do que vivo e que nem sequer  tinham espadas suficientes para se defenderem da desesperada multidão. A morte e a crucificação revelam todo o sentimento diabólico, hediondo e todos os vocábulos existentes do mal que alimenta o espírito humano. Por uns instantes, o povo teve a oportunidade de conseguir justiça, mas como sempre, o Diabo é mais rápido que o povo na tomada de decisões. Enquanto o povo pedia vingança, em vez de actuarem, pediam e assim deram a oportunidade aos assassinos de trocarem a pele de Lobo pela do Cordeiro.

Esta troca de pele deu origem a princípios malignos jamais existentes neste planeta Terra. Não quer dizer que não tenha havido em outras civilizações anteriores, atos de belicismo com  capacidade igual ou superior de destruir esta porcaria de planeta em questões de segundos. Por isso, estou convencido que as civilizações de outrora, das quais nada sabemos, salvo alguns indícios que deixam prever um todo de inteligência, cuja inteligência do século XXI está isenta de poder concretizar, analisar tais indícios, como por exemplo, as Pirâmides do Egipto. Sobre elas, nada se sabe concretamente se foram construídas nesta ou noutra civilização.

De qualquer forma, o antes ou depois pouco importa. A única coisa que devia de importar nestes tempos turbulentos de ódio, é saber as verdadeiras causas do desaparecimento e do renascimento. Para se poder chegar a um fim, antes de se iniciar um caminho, seja ele qual for, devemos de analisar as consequências finais.  Neste mundo, por mais que digam, afirmem e façam as altas individualidades que supostamente estão no caminho da legalidade, da honra, da sensatez e blá, blá, Blá… tudo isto não passa de uma pura farsa devidamente estudada para que uma determinada elite viva na Terra como vivem os deuses no Céu. Isto é, serem venerados, idolatrados,  exigindo, roubando, criando “artigos constitucionais” para que fiquem impunes de todas as atrocidades que cometem como por exemplo genocídio e outros  crimes ainda mas graves que o próprio genocídio,  como matarem antes de nascerem porque as formas de matar que são utilizadas, também têm a função, em caso de não matarem,  de criarem  monstros isentos de pensamento.

É nesta linha que se deve chegar a um bom fim, nem que para isso se tenha que mergulhar nas profundezas do Inferno e conseguir arrancar deste, a força da verdade e da razão e trazê-la à superfície para que todos possam compreender e analisar a verdadeira razão. Para chegar a tal realidade, ninguém pense que vai ser fácil; temos no caminho milhões de forças para impedir de enfrentar e mascarar estes criminosos que se julgam autênticos deuses da Terra mas que não são outra coisa que uns títeres de papel molhado.

Para conseguir, por mais pequena que seja, uma luz que ilumine o espírito de trabalho, é necessário eliminar todo o enaltecimento da frase por meios  fraudulentos e falsos com vocabulários adequados como eufemismos, alegorismos  apoteóticos e mil vocabulários filosóficos que foram inventados no século XI e XII para defenderem ideias de sistemas insustentáveis. Não pode existir uma lógica onde não há lógica como por exemplo: em princípio a palavra Excelência significa grau de qualidade, bondade, superioridade e nem todo “o Monde” deve de ter direito a este trato. Se um pedófilo é tratado como Excelência, não se pode admitir que a academia continue a receber tais insultos sem esta se defender. No dia preciso que o tribunal condena os “assassinos de almas” da Casa Pia, os meios de comunicação tratam um homúnculo  desprezível pedófilo por Excelência. Não é por acaso que o crime tem todas as possibilidades de se manter nos altos níveis de comando. O Tribunal elimina mas a plebe ressuscita. Assim, a única forma de igualdade, é que cada um tenha o seu trato merecido e que seja tratado com todo o respeito do mundo, isto é, pelo seu verdadeiro nome. Se um individuo mata, é lógico que seja um assassino e nunca um herói, como também um corrupto ou ladrão tenham o mesmo adjectivo, salvo em casos excepcionais que tentaremos explicar mais tarde. Pelo momento, voltaremos ao ressuscitamento de Jesus.

O povo da Galileia vivia numa autêntica euforia esperando  o seu Messias tanto anunciado pelos seus profetas. As multidões deslocavam-se em todas as direções para chegarem ao lugar do encontro com Cristo. Centos de milhares de pessoas com um só fim; milhares de milhares reduzidos a uma só alma; um só pensamento, um único interesse, um único poder. A esperança de encontrarem uma luz que iluminasse o caminho onde pudessem enterrar de uma vez por todas a escravidão, a miséria em que viviam e as torturas recebidas pelas tropas que defendiam os interesses do grande império. Não existia outro pensamento que não a derrota dos Iscariotes e a vitória de um povo trabalhador e honrado que pudesse viver em paz, isento da maldição humana.

Infelizmente, nada disso aconteceu, nem sequer tiveram tempo de sonhar! No momento justo de começar a palestra, as tropas assassinas, unidas por uma força tormentosa, começaram a abrir filas através da multidão sem se importarem com as mortes que deixavam para trás, até conseguirem chegar junto de Cristo e crucificá-lo em nome de Judas. Até ao infinito! Que espectáculo! Os espectadores… todo o sangue que tinham nas veias esfumou-se através das nuvens tormentosas que predominavam em esses momentos. Os estrondos, os relâmpagos luminosos que iluminavam os montes onde Cristo estava crucificado junto dos seus dois companheiros de rota. Este ambiente funesto cria uma capacidade nula de decisão, a ausência de pensamento nesta alma toda poderosa. Momentos antes, deu a possibilidade aos “troca peles” de se organizarem e criarem estratégicas para que quando o povo se despertar poder encontrar o caminho que acabavam de perder. A astúcia do Diabo foi de tal ordem perfeita que não existiu uma só duvida  de que o Cristo tinha ressuscitado ao terceiro dia e ato continuo, todo o mundo começa a movimentar-se para encontrar de novo o Cristo todo poderoso.

Os tempos passam. O ocidente toma conhecimento de tais atos milagrosos. Os grandes guerreiros se dão conta que podem dominar a plebe sem necessidade de exércitos. Estes custam demasiado caro, não pelo que recebem, mas pelo que comem, pois se não comem não podem lutar e o mais certo é a fragilidade e a morte. Assim, o Ocidente, ao dar-se conta de tal tesouro, existente no Oriente, arranja forma de o transportar ao infinito e, sem excepção, toda a plebe tem que se submeter ao poder divino dos Céus.

As estruturas criadas em tempos longínquos, não diferem muito das estruturas de hoje. Melhor dito, nesses tempos eram mais convincentes, tão convincentes que a maior parte delas ainda hoje se encontram no ativo, cumprindo as funções para que foram criadas. A única coisa que muda de tempos a tempos, são os nomes das regras estruturais dos sistemas. Somente os nomes, porque quanto ao conteúdo, é precisamente a mesma coisa. O fim, “conteúdo” para não complicar… não vamos  entrar nas decisões tomadas nas reuniões da Assembleia dos Altos Céus: ali se decidiu que na terra havia vários tipos de raça e que cada raça tinha ideias diferentes e seria impossível  criar um deus para cada raça. Depois de vários anos e séculos de deliberações, chegaram à seguinte conclusão: criaram três deuses - um para Ocidente, um outro para o Médio-Oriente e ainda outro para o Grande Oriente.

Criados estes três deuses, deixam de ter valor os deuses que existiam com quem  muita gente se identificava melhor e não tanto com os deuses modernos. Eu, por exemplo, todos os dias ao me deitar, não podia dormir sem agradecer à minha querida Vénus,  deusa do amor, por me ter concedido uma mulher com uma capacidade profunda de amar sem ter qualquer outra necessidade para ser feliz. Mas mesmo muito antes de ter encontrado este amor, já tinha todo o caminho aberto para encontrar a verdadeira felicidade. Esta maravilhosa deusa não necessitava nem de orações e muito menos velas para iluminar a sua imagem; tão pouco necessitava de esmolas  e de promessas para satisfazer um desejo de amor. Como deusa, possuía todos os ”Dons” de poder ordenar e distribuir toda a felicidade que um mortal necessitava para viver em paz o curto espaço de tempo a que estão sujeitos todos os simples mortais. Também me recordo que no tempo do grande deus Baco, o vinho era uma verdadeira delícia. Este honrado deus não deixava que falsificassem tal delícia por outras porcarias, por isso, este precioso sumo de uva, além de vinho, podia chamar-se também, sangue de deus. O todo poderoso Baco, nunca… mas mesmo nunca, permitiria, por mais pequena que fosse, uma introdução no fabrico dos vinhos de matérias extras à uva.

Como podem verificar, em tempos hoje denominados selvagens, existia um deus para todas as coisas, hoje denominados tempos modernos. Os três deuses existentes não fazem absolutamente nada de nada para acabar com os câmbios naturais que estão tomando os imortais para encontrarem a felicidade e a paz. Nestes tempos que correm, não só existe um vazio de decisão como o pior de tudo… são as decisões tomadas mais horrorosas que o não tomar decisões.

Depois de terem crucificado Cristo e de terem matado todos os outros deuses, os deuses modernos decidiram  ressuscitar os mortais e fazerem destes santos e assim poderem exercer as funções dos antigos deuses. Por exemplo, o Santo António é padroeiro do Amor, representando a minha adorada deusa do Amor; a única diferença que existe entre Santo António e a deusa, é que Santo António necessita de muitas esmolas e de orações acompanhadas de promessas para que o crente consiga uma parelha, coisa que não é fácil… e se o consegue, será por um curto espaço de tempo, em vista de muitas vezes casarem no dia de Santo António e divorciarem-se no dia de São João.

O que está na moda são os casamentos de desdentados a casarem com parelhas de bigode e, ao saírem das repartições autorizadas e formularem tais uniões, beijam-se na boca perante câmaras televisivas cujas funções destas é transmitirem a todos os lares estes orgulhosos acontecimentos. Só  o que não é tão orgulhoso é para as crianças que estão em casa a ver a televisão não deixando de chamar atenção aos adultos que na televisão  estão dois homens muito feios a beijarem-se na boca. Perante este fenómeno, não deixei de perguntar à minha querida deusa se era normal que as crianças tenham tais reações perante tais modernismos; tive como resposta que efectivamente é normal que uma criança reaja à lei natural em que foi concebida e que na sua mente não pode haver degenerados a beijarem-se na boca diante de todo o mundo. Também me explicou que depois do renascimento dos novos deuses, todas essas degenerações se devem aos centros de altos estudos teológicos onde é obrigatório a castidade, o empobrecimento e clausura.

Não admira que o não-respeito pelas leis naturais existentes, ao fim de muitos anos tudo caia no esquecimento. O ALTO CRIADOR, não só criou o universo com o máximo de perfeição, como também deixou bem claro as regras do jogo a seguir. Para toda a classe animal e vegetal, não faz falta nenhum mediador como o Demiurgo. Tudo quanto existe no Universo tem perfeitamente a lição bem estudada sem dar lugar a qualquer equivocação durante o espaço de vida que lhe foi concedido. Aquilo a que chamamos selva, não é nenhuma selva, mas sim uma parte de um todo que, ao não existir, tão pouco poderia existir o bicho que se faz chamar ser humano. Não faz falta uma mediação para explicar a uma pomba qual o caminho de sua “casa”. Esta sabe muito bem voltar a “casa”, excepto se no trajecto tem a infelicidade de  encontrar  o bicho homem muito capaz de lhe cortar tal missão. Fenómenos desta natureza, só mesmo a natureza os pode criar.

Assim, o homem se julga o grande Demiurgo do Universo. Na sua mente esquizofrénica está por cima de todas as leis universais. Quer, pode e manda! Não admite oposições. Os seus desejos são ordens a cumprir nem que para isso tenha que destruir o planeta onde lhe tocou viver. Pouco importa… o que é importante é sentir-se um deus e como um deus todo o mundo tem que lhe obedecer. Uns exigem mesmo que lhe beijem a mão, outros exigem ser tratados como eminências. Em todas as leis existentes, ditadas por estes deuses da Terra, não existe uma única que tenha um mínimo de dignidade humana. Todas elas foram criadas para proteger indefinidamente esta classe de deuses que não são outra coisa que uma banda de assassinos, ladrões e parasitas que vivem à conta da miséria humana. O mais impressionante desta desigualdade do mundo não são as leis que estes deuses diabólicos infringem às sociedades que dirigem, mas sim que sejam estas sociedades que aceitem ser conduzidas durante toda uma vida como se fossem ratas de esgoto, melhor dito, pior que ratas de esgoto, pois estas, ao mínimo atentado à sua condição de vida, não têm nenhuma dúvida de atacarem quem as ataca, não é a primeira vez que se queixam de terem sido mordidos por ratas de esgoto.

Existe um ditado que diz:  “O homem põe e Deus dispõe“. Na realidade, estes provérbios, ditos populares, não deixam de ser uma vez mais uma filosofia de cordel com fins de adestrar o rebanho a não terem ideias próprias. Deus criou o ser masculino e feminino. Não é necessário frequentar qualquer universidade para saber que o macho está para a fêmea como a fêmea está para o macho. Voltemos ao fenómeno da pomba: esta, depois de subir uns tantos metros  de altura, nada mais lhe faz falta para tomar a direcção adequada. O mesmo se passa na mente de qualquer macho ou fêmea para saber o que tem de fazer para que a máquina de reprodução se ponha em funcionamento. Este instinto natural de qualquer ser reprodutivo não se aprende, é próprio, nasce no mesmo momento em que nasce o seu ser. O mesmo se passa com o instinto de defesa. Ao nascer, um ser tem a sua expressão própria, faz-se anunciar e diz: “estou aqui para que me cuide”.

Esta regra de reprodução imposta pelo criador, não é outra coisa que a garantia de continuidade da mesma. Esta naturalidade é de tal ordem sagrada e intrínseca que nenhum elemento externo tem o direito de julgar, alterar, impor, decidir ou exigir a esta essência uma outra forma de desenvolvimento. À natureza, que eu saiba, não lhe faz falta pedir conselhos ao bicho homem para pôr em prática um processo de germinação. Todo este grande fenómeno da reprodução obedece a leis altamente naturais sem necessidade da mão do homem, excepto o porco por ser porco, cujo aparato reprodutor tem umas caraterísticas especiais que por si só, se não tiver uma ajuda, não consegue  penetrar a fêmea. Também a maior parte das plantas necessitam do trabalho das preciosas abelhas para lhe proporcionar a relação sexual e assim dar continuidade à verdadeira essência da vida.

Nunca a natureza deixou de cumprir as suas funções; e se nestes últimos tempos aparecem alguns elementos incapazes de procriar, é porque deve de existir alguma lei de esquecimento da mesma, para que tais elementos estejam isentos de tais atos. Nada pode ser mais fácil... Foi criada uma linha com um destino para todas as coisas; se esta linha não sofrer qualquer alteração do bicho homem, estou seguríssimo que jamais deixará de cumprir as suas funções para que foi criada, mas se o bicho homem com a sua inteligência degenerada destruir  o caminho  desta lei natural, não existe outro remédio que  sujeitar-se às consequências imposta pela mãe Natureza.

Não sei quando nem como foi desenhado este escaparate mundial. Nada falta, existe de tudo, creio que existe mesmo demasiado, porque a maior parte desta existência é desconhecida pela maior parte dos “imortais” e a menor parte dedica-se a fazer estudos cujas consequências de tais estudos ninguém pode  certificar a positividade dos mesmos pela simples razão que ao mesmo tempo  que se cria uma investigação, também se criam outros meios legais ou não legais para que os envolvidos em tais descobertas sejam os únicos beneficiários daa mesmas.

Isto é, neste mundo não existe uma só descoberta que não esteja acompanhada com fins lucrativos e é precisamente neste núcleo que reside toda uma atitude algo criminosa cuja ambição de certas elitesirá levar o planeta à destruição total. Uma coisa são as leis naturais, outra bem diferente são as leis fabricadas pelo homem. As primeiras são equilíbrio da vida e as segundas só se podem considerar um conjunto de vírus serpentinos que funcionam a favor de uns e em prejuízo e destruição de outros.  É através destas leis (donde persiste o caminho do ódio, da raiva, da indiferença e das principais causas) que levam  qualquer ser ao abandono do seu próprio equilíbrio, deixando-se conduzir pelos caminhos da desordem sem ter dentro de si  um mínimo de dignidade porque esta  lhe foi roubada ainda quando criança.

Depois de Cristo ter ressuscitado, também os seus ressuscitadores foram obrigados a criar novas leis fora da legalidade natural para poderem manter  viva esta farsa criada pelos assassinos de Cristo. Foi a partir deste momento que tudo o que era normal passou a ser anormal. O Paraíso Celestial deixou de o ser para ser Paraíso Terrestre. O que era livre deixou de o ser. Todo o comportamento humano nessa altura sofreu novas regras e restrições adequadas que conjugassem com o invento da época. A pouco e pouco se foi formulando uma espécie de milícias para informarem ao clero de todo aquele que não aceitava as novas regras. As leis impostas aos não católicos eram de tal forma severas que em nome de Deus saqueavam tudo o que havia e, sem dó nem piedade, incendiavam toda uma vila ou cidade sem deixarem uma única oportunidade para que alguém conseguisse escapar de tais barbaridades.

Precisamente o mesmo que se faz hoje. Em nome da democracia, se bombardeiam países pela simples razão de não serem democratas.

Tanto  ontem como hoje, as doses venenosas existentes medem-se consoante os acentos prosódicos, mais graves ou menos graves. Os mais graves, se lhes baixa o som com bombas chamadas inteligentes e os menos  graves  com medidas de austeridade. A diferença destas medidas é: nas primeiras a morte e o saqueio  imediato enquanto nas segundas já tudo funciona a câmara  lenta. O roubo não é roubo, são simplesmente medidas de austeridade, não se pode viver gastando mais do que se ganha! É necessário poupar para que os países possam seguir em frente com honra e dignidade. Como poderia viver esta escumalha que nos governa se deixassem de meter a mão na algibeira? E como viveria a plebe sem chicote permanente? Será que esta nova sociedade não encontra uma forma adequada de viver? Existem milhares de equações algébricas que deviam integrar a lógica dentro de um sistema social equilibrado. Durante todos estes séculos de existência, milhares de algebristas ficaram sem pestanas para conseguirem resolver certas equações confusas que flutuavam no universo. Passavam da matemática para a física, da física para a filosofia, da filosofia para a química e da química para imbróglios de tal ordem confusos que chegaram mesmo à última partícula da matéria e não contentes com a descoberta continuaram até que esta se desintegrou...

Estes grandes cientistas passaram por todas as equações existentes no universo, a maior parte deles ficaram na História como grandes homens, desde Pitágoras até Einstein e a maior parte galardoados com  o prémio Nobel da Paz.

Não existe qualquer dúvida de que estas cabeças privilegiadas esquizofrenicamente no bom sentido da esquizofrenia, conseguiram descobrir a fórmula perfeita de destruir o mundo num espaço curto de tempo. Eis a razão  que justifica o prémio Nobel da Paz, uma vez posta em marcha,  a desintegração deste conjunto de partículas que uniram este planeta Terra, nem tempo se tem de ouvir  o estrondo da desintegração. A passagem do inferno para o céu é totalmente instantânea. Em questão de segundos se passa do sofrimento mortal para o imortal. Quando o júri reunido decide dar a B ou C o prémio Nobel, é porque tem conhecimento de causa  dos efeitos finais de tais descobertas. O elemento químico com o número 99 de símbolo Es. Einstein  foi galardoado com o dito prémio e, algumas décadas depois, seguindo os princípios desta fórmula 99, (digo isto, porque também existe a formula do 666 e outras tantas que não vamos falar pelo momento) deixamos somente esclarecido que a desintegração de partículas em Hiroshima imortalizou quase meio milhão de seres. Hoje já ressuscitados não é verdade?

A palavra democracia joga em paralelo com a palavra Deus. A primeira é política, a segunda religião. Ambas estão formadas dos mesmos princípios e valores, mesmo que no discurso exista uma certa divergência, não deixa de ser uma divergência ótica porque se uma procura partidários, a outra procura crentes incondicionais para construírem uma força maioritária e assim poderem viver do conto vulgarmente chamado “conto do vigário”. É tudo retórica… a única coisa que importa a uns e outros é conseguirem com um palavreado esquisito, viverem neste mundo sem nunca terem que dobrar a espinha dorsal.  Não é de estranhar que muita gente tenha vontade de vomitar somente ao ouvir estes dois vocábulos.

Assim me dizia o meu amigo Arestides  que a democracia em que vivemos não é outra coisa que o reflexo da corrupção, traição, genocídio, assaltos à mão armada e outras tantas coisas que devemos até ter vergonha de escrevê-las quanto mais aceitá-las. Por  outro lado, a palavra deus, dizia o meu amigo que numa questão de segundos viajava aos tempos da crucificação de Cristo e dessa época até hoje nada se viu de milagres, nem nada que tivesse essa configuração, a única coisa que se viu em nome dele, foi muita destruição e até Galileu não escapou às garras dessa seita criminosa. O que mais  impressionou  o meu amigo Arestides, foi a forma como se construíam, a uma velocidade de chicote, conventos, seminários, casas de arresto apetrechadas com todos os utensílios de tortura para obrigar as vítimas a dizerem o que estes Senhores de chapéu negro e bata negra de colarinho branco queriam ouvir. Também nessa viagem ao passado, descobriu que em certos conventos onde existiam virgens como Jeanne d’Arc, existiam grandes orgias cujas consequências de tais actos desapareciam nos jardins  dos mesmos para toda a eternidade. Até que a natureza decida condenar os culpados,  se é que ainda não o foram, nestes precisos momentos sopram  ventos  de todos os horizontes e alguns deles bastantes conflituosos. Como dizem os sábios, não é no outro mundo que se paga o que se fez neste. Não existe pior castigo que aquele que chega no momento justo antes da transição  deste mundo para o outro.  A desesperação de pedir perdão à vítima que por vezes já nem sequer existe entre os mortais, deve ser qualquer coisa de horrível…  o não poder fazê-lo, talvez esse remordimento ao não ser perdoado, seja o único ato que se imortalize.

O que não se compreende é como um Tribunal Eclesiástico presidido pelo Bispo de Beauvais, Pierre Cauchon, condene uma jovem guerreira de dezanove anos a ser queimada viva na fogueira por ser considerada bruxa pela valentia que demonstrou nas batalhas ganhas contra os ingleses.  Este crime cometido  em nome de Deus no dia 30 de Maio de 1431, é uma prova contundente de que a religião católica foi alicerçada à base de crimes bárbaros como este, não falando de uma das maiores máfias existentes que se dedicavam a cometer crimes de toda a espécie cujos fins não eram outros  que encher as arcas de moedas de ouro  para assim poderem melhor  satisfazer os seus instintos criminosos que rezam nas páginas da História e hoje também nas páginas de alguns jornais mais atrevidos.

Alguns séculos depois, alguém pede desculpas pelas atrocidades cometidas;  milhões e milhões de crimes de toda a espécie livres de punição.  Que ninguém me diga que as altas esferas estavam isentas de conhecimento de causa!
Infelizmente todo este imbróglio com tantas tempestades, me pergunto como é possível que nenhuma delas tenha atingido o núcleo desta maldição e a tenha destruído para sempre? A resposta não é tão fácil mas se o mundo quer continuar a viver, alguma resposta tem que haver para que o homem encontre uma razão, um equilíbrio de viver como um ser humano e não viver eternamente como um criminoso. Sim!, criminosos, é o que somos, porque não existe nenhuma instituição que tenha a função de nos educar e ensinar as regras naturais para que nascemos e morremos. A única coisa que sabem fazer as instituições, é ensinar  a sermos uns seres repugnantes, uns miseráveis obedientes e capazes, se for necessário, de  matar o nosso próprio pai.

E quando a besta (dita humana) cumpre bem as funções que lhe ordenam, pode ter a certeza que mais dia menos dia, terá a sua recompensa, como receber um prémio Nobel da paz ou mesmo depois de morrer vir a ser santificado. Tudo depende da quantidade de mortes que mandou ou executou. Beatificação e prémio Nobel sobre tudo: ”PRÉMIO NOBEL DA PAZ” talvez saído do centro de alguma explosão provocada pela dinamite que se acabava de descobrir. Graças a esta descoberta, o Senhor Alfred Nobel fundou prémios em benefício de obras literárias, científicas e filantrópicas e não creio que o dito filantropo, esteja tranquilo nos altos céus ao ver como os seus prémios são distribuídos. Depois da última guerra mundial, todos os valores existentes, não só sociais mas principalmente aqueles valores essenciais que tinham como função criar uma sociedade própria, fiel ao seu habitat. Essa época em que existia uma corrente humana leal a todos os princípios e direitos, ficou enterrada entre os escombros dessa maldita guerra.

Ainda nestes tempos, existem criaturas que consideram um alto crime que através de eufemismos se enalteça a imagem de certas individualidades cujo comportamento não é digno de um ser humano, mas sim, de uma rata de esgoto. Efetivamente não se pode censurar o comportamento de uma rata, mas tão pouco se lhe pode atribuir um prémio Nobel da Paz. No fundo, bem pensada esta questão, a pergunta é se as pobres ratas torturadas diariamente em laboratórios não merecem mais o prémio do que certos trapeiros. Entre uma coisa e outra,  cada uma delas devia de ser analisada conforme as suas circunstâncias de causa. O que nunca se pode fazer é analisar a mesma causa com vereditos diferentes.  Quando o Manuel  e o António decidem por razões que eles pensam, que devem defender-se do inimigo e o conseguem combater, ambos cometeram os mesmos atos cujas consequências são precisamente a mesma coisa. Não se compreende que um vencedor seja condenado à morte e o outro seja beatificado.

São estas contradições de atos repugnantes que se cometem através dos tempos e também através dos tempos ninguém tem a coragem de os analisar e denunciá-los ao deus que os seus demiurgos terrestres ainda não acabaram de resolver os crimes cometidos e que já estão a cometer outros. A pobre Jeanne d’arc  foi condenada a ser queimada viva  enquanto D. Nuno Álvares Pereira foi  beatificado justamente pelos mesmos atos que cometeu Jeanne d’arc.

Debaixo do mesmo teto celestial, também não estão esquecidos outros atos de contrição; mas deixamos estes, e passemos a outras dissertações de textos que não deixam de ter o mesmo valor diabólico e destrutivo que o primeiro.

«Um Vietname invisível e silencioso». Era assim que o presidente Salvador Allende definia o seu país antes do Golpe de Estado de 11 de Setembro 1973. Depois de o povo chileno ter elegido um governo democraticamente e através dele conseguir mais ou menos uma estabilidade popular, não tardou muito que o sistema destrutivo imperialista desenhasse um sistema infalível para destruir o dito governo de Unidade Popular.

Primeiro: foi posta em marcha a organização de todos os traidores e “lameculos” chilenos a estarem preparados para uma intervenção militar do exército chileno juntamente em caso de fazer falta, com o exército dos Estados Unidos. Segundo: foi a intervenção directa em vários países europeus, como a França e Itália  para que fosse negado ao Chile qualquer crédito para que não pudessem indemnizar as multinacionais que exigiam somas exorbitantes com fins de o governo não poder pagar. Mesmo com todas estas pressões internacionais, o governo de Salvador Allende consegui manter-se de pé até ao dia em que o demónio imperialista resolveu usar a força contra um povo em paz, altamente alicerçado numa democracia com o fim de um povo encontrar o seu direito a viver livremente sem que ninguém do exterior meta o nariz onde não o chamam.

Num único parágrafo, de uma maneira muito simples, se exprime o sofrimento de várias décadas de um povo: milhares de mortos, milhares de desaparecidos, milhares de presos, milhares de roubos e o pior de tudo é existir neste circuito diabólico, gente capaz de enaltecer com prémios Nobel os desenhadores e mesmo autores destes projetos criminosos com capacidade de matar milhões de pessoas - não só aqueles que em regra geral consideram inimigos, mas  também os nossos próprios filhos e os que não morrem e que regressam a  casa com as pernas substituídas por barras de aço e outros com braços artificiais e mentes totalmente destroçadas, mesmo que a queiram recuperar devido à profundeza dos traumas, jamais, jamais o conseguirão porque o que perderam ficou nos campos de batalha entre imagens de cadáveres a voar e estes horrores se transformam em imagens virtuais que se introduzem dentro das mentes de quem as observou tornando-se impossível a rotura entre mente e a imagem.

Projetos, estruturas, planos, meios e todos os ingredientes existentes para formalizar uma guerra têm os seus autores e desenhadores de tais projetos. Em princípio, os ditos autores ficam no segredo dos deuses. Não é porque não se saiba, mas é pelo medo ao que possa acontecer. Ninguém - por medo - se atreve a dizer o que tem vontade a dizer. As consequências de um comentário, podem ser fatais para aquele ou aqueles que se atrevem a fazê-lo. Mas, quando um homem se digna de o ser, pouco lhe importam as consequências que possa ter.  Existem circunstâncias que vale mais a morte do que a vida. Assim o entendeu o Senhor Armando Uribe, ministro conselheiro em Washington nessa época e que não hesitou em escrever um livro intitulado «A Intervenção Americana no Chile» onde explica muito bem, com toda clareza, como se desenrolaram todos os atos belicistas para destruir o governo do Chile.

Graças à sua posição, não lhe foi difícil obter documentação secreta necessária para   demonstrar as monstruosidades feitas pelos Estados Unidos não só no Chile como ao mesmo tempo destruíam o Vietname pela única razão de tentar ser um país socialista.

O que que não se pode compreender, é como este grande país, com capacidade de exportar para o mundo  todo um conjunto de energias positivas para que todos possam viver em paz. Em vez disso, desprezam a sua capacidade positiva e mergulham nas profundezas do inferno.

Nietzsche disse: «quando um guerreiro não tem com quem lutar, luta com ele próprio». Esta e tantas outras expressões não só exprimem a realeza da verdade como nos transmitem sensações a tempo e horas para nos podermos analisar com toda a exatidão quando marchamos em caminhos desconhecidos.  

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