Hoje de vez em quando, o Sol
espreita através de algum espaço ausente de nuvens. Dá a impressão que esta divina
Estrela se esconde de vergonha entre as nuvens para mirar aqueles que perderam
a sua luz, o seu calor, a sua confiança e toda a essência de pensamento,
pensado que o Sol quando nasce, nasce para todos, mas afinal, só nasce para
meia dúzia, sendo estes a decidirem quem deve ou não deve usufruir do calor que
devia ser para todos!
Adorado Sol, não existem nem
dúvidas nem incertezas que tu não sejas a própria vida, pela simples razão de
quando deixares de dar luz a tudo que gira ao teu redor, tudo se apagará da
mesma maneira como te apagaste. A pergunta a fazer-te, é porque deixas que a maior
parte de obscurantistas, malfeitores, gente de mal viver se intrometam entre o
teu grande horizonte? Esta intromissão, o único para que serve é criar espaços
sem luz, deixado um noventa por cento deste planeta completamente às escuras. Eu
sei, divina Estrela, que não sou ninguém para dizer-te seja o que seja; mas nem
imaginas, como estou completamente desiludido e triste, portanto de luto, com
todos estes horrores instantâneos; que mesmo antes de acabarem uns, já estão a surgir
outros ainda mais arrepiantes. Como é possível que consintas estes crimes
terroríficos sem que os verdadeiros autores dos mesmos, não sofram na pele nem
mais nem menos o mesmo que sofrem as vítimas destes horrores?
É bem certo o provérbio popular
que “ em terra de cegos qualquer zarolho
é Rei.” Não há qualquer necessidade de ir ao passado em busca de exemplos,
quando os temos diante das nossas próprias narizes, sem sequer nos darmos conta
do que passa nesta pobre Europa. É incrível e como pode ser possível que a
Europa nestes precisos momentos esteja completamente cega e isenta de qualquer
sentido comum? A Europa não só leva anos a ser saqueada, como está a caminho
das mesmas situações em que estão sujeitos milhões de seres humanos em vias de
extinção.
A cegueira é de uma dimensão sem
limites, para mal de todos os pecados, ainda existe uma grande quantidade de
miseráveis, sem sequer terem capacidade de sobreviverem, ainda apoiam com punho
e letra esta cambada de Zarolhos que governam a Europa. Não é de hoje nem de
ontem, que certas instituições são governadas por certas personalidades
escolhidas a dedo para desempenharem funções em benefício do próprio Diabo. Não
há dúvida, que nesta terra nada é feito ao caso, muito antes de tomarem
decisões a classe pensante já sabem as consequências finais, porque raramente
se equivoca na classe de Zaralhos que metem ao seu serviço. Uns além de serem
Zarolhos cospem quando falam, outros nem sequer sabem falar, no entanto, estas
cabeças desordenadas e esquizofrénicas sabem muito bem obedecer e cumprir
ordens e limpar os sapatos dos seus Senhores, no momento exato que eles o
necessitem.
Assim, no mundo das Primaveras Árabes
qualquer Zarolho está disposto a fazer a fotografia a favor da destruição
maciça, e ao mesmo tempo demonstrar ao seu amo que lhe é fiel e escravo. Muito
antes de começar a primavera Árabe na Tunísia já o Presidente tinha negociado o
seu exílio político e ao mesmo tempo segundo fontes jornalísticas acusavam de
uma certa cumplicidade a membros do Governo Francês da época do célebre Sarkozy,
de receberem grandes privilégios do clã do Ditador Tunesino Bem Ali. Como as férias
em diversos lugares da Tunísia em avião particular, feitas pela então Ministra
dos Negócios Estrangeiros Michèle Alliot-Marie.
Este comportamento e a forma como
se desenrolaram os acontecimentos da chamada Primavera Árabe, deixa bem
transparecer a benevolência dos ditadores perante os revolucionários. Tanto
Tunísia como Egipto, foi um golpe bem montado para fins monstruosos como por
exemplo, transformar uma parte da Africa Central em minas de Céu aberto, o Mar Mediterrâneo
no maior cemitério do mundo, a Síria num genocídio lento e coletivo, igual dá
que morram em combate ou em campos de concentração e se conseguirem escapar a
todas estas ratoeiras e tentarem fugir para Europa; podem estar seguros se não
morrerem na ida, morreram na volta.
Quanto ao Egipto as rasões não
são as mesmas da Síria nem as mesmas da Líbia, no entanto, queremos dizer que a
gravidade do Egipto é bastante complicada, a prova mesmo muito antes de
terminar a primeira etapa, já os augúrios indicavam pela forma revolucionária
deste País que dita revolução não é outra coisa que uma verdadeira fantochada
ao serviço do núcleo diabólico que quer comandar o Mundo. O Egipto depois da
era de Cristo, perdeu toda a sua essência e por mais que tente a sua
independência nunca o conseguirá, porque talvez, a própria Cléopâtre, tenha
sido a verdadeira culpada de todos os males ao entregar-se de corpo e alma,
primeiro a César depois a António, coisa que os Deuses não lhe perdoaram tal
traição, como nos dias de hoje, tão pouco os mesmos Deuses podem perdoar a
traição feita ao povo Egipto pelo Presidente Mubarak, por um lado o consentia e
por outro o condenava. O certo é, que umas vezes em cama de rodas, outras em
braços, aparecia por meio de uma magia inexplicável e que nada lhe passava
porque tudo indica que ele fazia parte do complô com o Ocidente, como Cléopâtre
o fazia com Cesar.
Esta versão desde o início da
revolução se previa os fins da mesma, na História da humanidade nunca existiu
nenhum ditador que tenha sido capaz de resistir a uma força revolucionária
cujos componentes da mesma, estejam integradas as forças de ordem e do exército.
E se resistem depois da “Vitória” dos insurgentes, não deixa lugar a dúvidas
que o Ditador está dentro do complô, ao que já não podemos chamar revolução,
mas sim um pré acordo de destruição maciça a favor dos falsos Deuses.
Gadafi no momento em que se
aproximava a vitória revolucionária já tinha uma dezena de atiradores profissionais
por se acaso, algum falhava, já estava outro para o arrematar.” Crime
premeditado”! Estas são as regras impostas pelos Senhores que se julgam os
Deuses do Mundo, desconhecendo por completo que algum dia, mais cedo ou mais
tarde, terão que prestar contas nem se sabe a aquém, o certo, é que ditas
contas não estão esquecidas, sobretudo os saqueios e tudo o que é de mais sujo
já está a florescer, portanto já é hora de se começar a fazer justiça e que os
verdadeiros criminosos comecem a sentir nas veias o mesmo que sentiram as
vítimas, sem terem nem sequer um indício de razão, porque os bombardeavam e
muito menos, porque os matavam.
As consequências da chamada
Primavera Árabe, ainda não se revelaram, contra os seus inventores, como em
todas as coisas jamais percorrem como nos gostaria que percorressem. Tudo tem o
seu princípio e o seu fim, mesmo dando a impressão que tudo está estagnado ou melhor
dito, dormido, não quer dizer que os seus verdadeiros efeitos não se despertem
ao fim de uns quantos anos, para cumprirem e fazerem a justiça que não foi
feita.
O calor começa a fazer o seu
efeito, o Mediterrâneo sempre foi o lugar ideal para que os Europeus se
refrescassem. Mas, como podem compreender esta nossa civilização, em vez, de
nos levar ao Paraíso nos leva, nem sequer sabemos a onde. O certo é, que os
Paraísos só servem para guardarem o dinheiro que nos roubam e o pobre
Mediterrâneo nestes momentos deixou de o ser, para se transformar mo maior
cemitério do Mundo; em questão de minutos “aloja” carradas de esfomeados que
vinham em busca de um bocado de pão, por muito duro que fosse.
Caros Europeus, por mais calor
que tenhamos não devemos refrescar-nos em cemitérios, porque alguns desses
mortos talvez se transformem em sereias e nos confundam com os mortos e assim
sucessivamente.