quinta-feira, 14 de maio de 2015

Um dia de luto


Hoje de vez em quando, o Sol espreita através de algum espaço ausente de nuvens. Dá a impressão que esta divina Estrela se esconde de vergonha entre as nuvens para mirar aqueles que perderam a sua luz, o seu calor, a sua confiança e toda a essência de pensamento, pensado que o Sol quando nasce, nasce para todos, mas afinal, só nasce para meia dúzia, sendo estes a decidirem quem deve ou não deve usufruir do calor que devia ser para todos!
Adorado Sol, não existem nem dúvidas nem incertezas que tu não sejas a própria vida, pela simples razão de quando deixares de dar luz a tudo que gira ao teu redor, tudo se apagará da mesma maneira como te apagaste. A pergunta a fazer-te, é porque deixas que a maior parte de obscurantistas, malfeitores, gente de mal viver se intrometam entre o teu grande horizonte? Esta intromissão, o único para que serve é criar espaços sem luz, deixado um noventa por cento deste planeta completamente às escuras. Eu sei, divina Estrela, que não sou ninguém para dizer-te seja o que seja; mas nem imaginas, como estou completamente desiludido e triste, portanto de luto, com todos estes horrores instantâneos; que mesmo antes de acabarem uns, já estão a surgir outros ainda mais arrepiantes. Como é possível que consintas estes crimes terroríficos sem que os verdadeiros autores dos mesmos, não sofram na pele nem mais nem menos o mesmo que sofrem as vítimas destes horrores?
É bem certo o provérbio popular que “ em terra de cegos qualquer zarolho é Rei.” Não há qualquer necessidade de ir ao passado em busca de exemplos, quando os temos diante das nossas próprias narizes, sem sequer nos darmos conta do que passa nesta pobre Europa. É incrível e como pode ser possível que a Europa nestes precisos momentos esteja completamente cega e isenta de qualquer sentido comum? A Europa não só leva anos a ser saqueada, como está a caminho das mesmas situações em que estão sujeitos milhões de seres humanos em vias de extinção.
A cegueira é de uma dimensão sem limites, para mal de todos os pecados, ainda existe uma grande quantidade de miseráveis, sem sequer terem capacidade de sobreviverem, ainda apoiam com punho e letra esta cambada de Zarolhos que governam a Europa. Não é de hoje nem de ontem, que certas instituições são governadas por certas personalidades escolhidas a dedo para desempenharem funções em benefício do próprio Diabo. Não há dúvida, que nesta terra nada é feito ao caso, muito antes de tomarem decisões a classe pensante já sabem as consequências finais, porque raramente se equivoca na classe de Zaralhos que metem ao seu serviço. Uns além de serem Zarolhos cospem quando falam, outros nem sequer sabem falar, no entanto, estas cabeças desordenadas e esquizofrénicas sabem muito bem obedecer e cumprir ordens e limpar os sapatos dos seus Senhores, no momento exato que eles o necessitem.
Assim, no mundo das Primaveras Árabes qualquer Zarolho está disposto a fazer a fotografia a favor da destruição maciça, e ao mesmo tempo demonstrar ao seu amo que lhe é fiel e escravo. Muito antes de começar a primavera Árabe na Tunísia já o Presidente tinha negociado o seu exílio político e ao mesmo tempo segundo fontes jornalísticas acusavam de uma certa cumplicidade a membros do Governo Francês da época do célebre Sarkozy, de receberem grandes privilégios do clã do Ditador Tunesino Bem Ali. Como as férias em diversos lugares da Tunísia em avião particular, feitas pela então Ministra dos Negócios Estrangeiros Michèle Alliot-Marie.
Este comportamento e a forma como se desenrolaram os acontecimentos da chamada Primavera Árabe, deixa bem transparecer a benevolência dos ditadores perante os revolucionários. Tanto Tunísia como Egipto, foi um golpe bem montado para fins monstruosos como por exemplo, transformar uma parte da Africa Central em minas de Céu aberto, o Mar Mediterrâneo no maior cemitério do mundo, a Síria num genocídio lento e coletivo, igual dá que morram em combate ou em campos de concentração e se conseguirem escapar a todas estas ratoeiras e tentarem fugir para Europa; podem estar seguros se não morrerem na ida, morreram na volta.
Quanto ao Egipto as rasões não são as mesmas da Síria nem as mesmas da Líbia, no entanto, queremos dizer que a gravidade do Egipto é bastante complicada, a prova mesmo muito antes de terminar a primeira etapa, já os augúrios indicavam pela forma revolucionária deste País que dita revolução não é outra coisa que uma verdadeira fantochada ao serviço do núcleo diabólico que quer comandar o Mundo. O Egipto depois da era de Cristo, perdeu toda a sua essência e por mais que tente a sua independência nunca o conseguirá, porque talvez, a própria Cléopâtre, tenha sido a verdadeira culpada de todos os males ao entregar-se de corpo e alma, primeiro a César depois a António, coisa que os Deuses não lhe perdoaram tal traição, como nos dias de hoje, tão pouco os mesmos Deuses podem perdoar a traição feita ao povo Egipto pelo Presidente Mubarak, por um lado o consentia e por outro o condenava. O certo é, que umas vezes em cama de rodas, outras em braços, aparecia por meio de uma magia inexplicável e que nada lhe passava porque tudo indica que ele fazia parte do complô com o Ocidente, como Cléopâtre o fazia com Cesar.
Esta versão desde o início da revolução se previa os fins da mesma, na História da humanidade nunca existiu nenhum ditador que tenha sido capaz de resistir a uma força revolucionária cujos componentes da mesma, estejam integradas as forças de ordem e do exército. E se resistem depois da “Vitória” dos insurgentes, não deixa lugar a dúvidas que o Ditador está dentro do complô, ao que já não podemos chamar revolução, mas sim um pré acordo de destruição maciça a favor dos falsos Deuses.
Gadafi no momento em que se aproximava a vitória revolucionária já tinha uma dezena de atiradores profissionais por se acaso, algum falhava, já estava outro para o arrematar.” Crime premeditado”! Estas são as regras impostas pelos Senhores que se julgam os Deuses do Mundo, desconhecendo por completo que algum dia, mais cedo ou mais tarde, terão que prestar contas nem se sabe a aquém, o certo, é que ditas contas não estão esquecidas, sobretudo os saqueios e tudo o que é de mais sujo já está a florescer, portanto já é hora de se começar a fazer justiça e que os verdadeiros criminosos comecem a sentir nas veias o mesmo que sentiram as vítimas, sem terem nem sequer um indício de razão, porque os bombardeavam e muito menos, porque os matavam.
As consequências da chamada Primavera Árabe, ainda não se revelaram, contra os seus inventores, como em todas as coisas jamais percorrem como nos gostaria que percorressem. Tudo tem o seu princípio e o seu fim, mesmo dando a impressão que tudo está estagnado ou melhor dito, dormido, não quer dizer que os seus verdadeiros efeitos não se despertem ao fim de uns quantos anos, para cumprirem e fazerem a justiça que não foi feita.
O calor começa a fazer o seu efeito, o Mediterrâneo sempre foi o lugar ideal para que os Europeus se refrescassem. Mas, como podem compreender esta nossa civilização, em vez, de nos levar ao Paraíso nos leva, nem sequer sabemos a onde. O certo é, que os Paraísos só servem para guardarem o dinheiro que nos roubam e o pobre Mediterrâneo nestes momentos deixou de o ser, para se transformar mo maior cemitério do Mundo; em questão de minutos “aloja” carradas de esfomeados que vinham em busca de um bocado de pão, por muito duro que fosse.

Caros Europeus, por mais calor que tenhamos não devemos refrescar-nos em cemitérios, porque alguns desses mortos talvez se transformem em sereias e nos confundam com os mortos e assim sucessivamente.

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