O Sonho Ibérico no dia 17 de fevereiro de 2017, deixou de ser um Sonho para
se concretizar num facto histórico perante o Mundo. Este magnífico acontecimento,
foi possível graças a honradas criaturas, que acreditam cegamente neste mundo
totalmente isento de valores, sem um mínimo de sentimentos, onde reina
unicamente a ambição e a usura, cuja ferocidade deste materialismo acabará em
saco roto sem deixar uma única tábua de salvação. No entanto, neste pobre Mundo
sem sentido, ainda está cheio de boa gente disposta a sacrificar a sua própria
vida para tentarem através do entendimento e da razão, criar um novo mundo onde
se possa viver sem violência, sem ódios, sem racismos e principalmente sem
guerras porque são estas, as principais causas de todos os males.
A criação desta Plataforma Pela Federação Ibérica, firmada em Elvas, Fevereiro
2017, pelos Senhores Pablo Castro Abad e Inácio António Henriques Terrinca e
outros, em que a História tanto de um lado como de outro, deve preocupar-se de
transmitir ao Mundo este princípio de união, cujos fins não podem ser outros que
a condenação dos errores do passado para uma reconciliação do presente.
Não existem dúvidas que a Península Ibérica foi a Rainha dos
descobrimentos. Essa força misteriosa, vinda dos altos Céus que levou uns
quantos valentes a atravessarem oceanos em caravelas em busca do imprevisível;
não deixa de ser um fenómeno todavia sem uma explicação plausível. Como todas
as coisas, têm um princípio e um fim e neste mundo de incertezas, depois de
tantos sacrifícios inexplicáveis conseguiram transformar um sonho numa
realidade. Mas, segundo parece, as aparições sobrenaturais têm tendência a
cegar completamente todo aquele que teve a sorte ou o azar de deparar-se com
ditos milagres. Talvez os milagres devem de ficar eternamente em milagres e
serem devidamente protegidos por quem os descobriu. Não sendo assim, deixa de
ser milagre para transformar-se num inferno sem futuro. A cegueira da Península
Ibérica foi de tal ordem, que só conseguiram ver o que reluzia, deixando ficar
na escuridão, todo um mundo cheio de probabilidades capaz de se transformar num
Paraíso terrestre.
A transformação dos nativos em escravos, em proveito de Reinos longínquos, a
exploração de ouro e de pedras preciosas à base de fustigação em nada favoreceu
o Império recém - criado pela Península Ibérica. Pelo contrário; o único que
conseguiram foi umas relações venenosas cuja inveja era a principal - protagonista,
em fomentar guerras e ódios rancorosos para que Espanha e Portugal não
chegassem a nenhuma parte.
Vitórias conseguidas a chorros de sangue, não podem ter um bom fim, porque
as feridas que deixavam em aberto dificilmente conseguem sarar. Não se
compreende as barbaridades cometidas por cidadãos normais, contra nativos que
os recebiam de braços abertos. Este comportamento incompreensível foi a origem
de todos os ódios e onde existe ódio jamais poderá haver paz.
Mais ou menos, dez séculos de orgulhos desproporcionados, guerras
inecessárias, vínculos de sangue familiar em ambas cortes, ditaduras em
conjunto, democracias autoritárias, e a pergunta a fazer é, o que faz falta demonstrar,
para reconhecer que Portugal e Espanha são intrinsecamente a mesma coisa? Dá a
impressão que esta pobre Península Ibérica foi amaldiçoada desde o primeiro dia
em que foi dividida em duas partes. Analisando o percurso da História, não é
difícil compreender que ambas partes sofrem precisamente as mesmas aventuras de
prodígio e de desgraça ao mesmo tempo? O desejo de um só ser; conseguiu a
divisão da Península para satisfazer a sua ambição desproporcionada, mas o que
não conseguiu foi dividir a alma da Península Ibérica porque jamais podem
existir duas almas num só corpo.
Vejamos a miséria espiritual em que vivemos, mesmo um conjunto de três
partidos no poder, continuamos a ter o Diabo a apoquentarmos constantemente sem
nos deixar sair da cepa torta. Não é por acaso que este sonho de União apareça
em momentos que mais necessitamos e sem dúvida que é a única forma de limpar
esta maldição de todas as barbaridades que nos caiem sobre as nossas cabeças
levando-nos a um desespero total difícil de sobreviver.
Estamos no século XXI, onde tudo é possível mas, mais para o mal que para o
bem, todavia estamos a tempo de escolher o caminho do bem e o único a fazer é
não deixar que outros nos governem quando juntos temos a obrigação de saber o
que queremos. Assim aconselho de não deixar para outro dia o que se pode fazer
hoje. Começamos juntos a estudar as regras de uma convivência onde todos podem
ser felizes, sem deixar espaço a intrusos Diabólicos para nos destabilizarem a
vida sem pagarem as consequências dos crimes que cometem.