segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Armistício ou Coincidências?



Uns dias antes das eleições Municipais, mediante os espetáculos folclóricos e os fogos a iluminar
Portugal de norte a sul, dava impressão que tudo estava em plana deriva, sem qualquer tabua de salvação à vista. Pensei, que estas derivas já não tinham qualquer solução, no entanto, as coincidências de factos, me levaram a pensar de uma outra forma mais acertada. Em princípio, quando a natureza, por desleixo ou por outras razões deixa qualquer coisa à deriva, não tarda muito que os ventos executem o seu trabalho que é de empurrar a frota contra os rochedos para que esta se disperse por completo.
O incrível destas comédias divinas, é que os acontecimentos naturais ultrapassam sem dar lugar a dúvidas, os melhores romances de ficção. Depois de tantos anos, a ouvir milagres da esquerda e da direita, nunca me dei conta que tenha existido um ARMISTÍCIO em letra grande, sem existir um acordo de ambos beligerantes. Os fogos, não têm decisão própria, quando devem começar ou parar e muito menos intervalo ou tréguas para dar tempo de arrumar a casa para que ela comece a arder.
Refletir nestes dez dias sem incêndios, em tempos de eleições é de uma gravidade máxima, impossível de mastigar os acontecimentos pró eleitorais. Se é obra do Espirito Santo ou do próprio Diabo. é coisa que não se sabe, no entanto, é de uma importância vital de chegar a este núcleo central de ninho de víboras, que leva ano atrás ano impedindo-nos de qualquer progresso, reduzindo a cinzas a nossa principal fonte de sobrevivência!...
Não se compreende, que um Estado dito de Direito não tenha capacidade de terminar com esta lacra mil vezes pior que a peste? Sendo assim; qual o motivo de pagar 70% do nosso salário em impostos, quando na realidade o cidadão não tem qualquer garantia de sobrevivência?
Segundo o anunciado, o pobre contribuinte paga 6,6 milhões de Euros para as eleições municipais. Uma vez terminadas, logo a seguir termina a trégua dos beligerantes e o fogo retoma proporções jamais vistas na História de Portugal. Mediante esta triste e miserável situação, de seguida alguns lobos encobertos com pele de cordeiro, deixam transparecer bem o que são, sem terem um mínimo de escrúpulos nem princípios aproveitando-se de imediato da miséria humana, para culparem inocentes na mira de um cheque Mate

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