sexta-feira, 2 de março de 2018

O impasse dos vivos e a revolta dos mortos



Foi necessário matar a dezassete pessoas e ferir outras tantas, para que o governo americano se dera conta que Nikolas Cruz de 19 anos estava vivo. Da mesma forma, as chuvas torrenciais em Moçambique por casualidade provocaram dezassete mortes e uma quantidade de feridos ao derrubar-se uma montanha de esterco, encima de umas barracas onde uns infelizes viviam.
Em Espanha, 10 milhões de Pensionistas saem à rua de uma forma contundente para dizerem que estão vivos e a exigir o aumento das suas pensões, porque as políticas nefastas provocadas pelas aves de rapinas do Partido Popular; só servem para enriquecer uma classe privilegiada de abutres sem escrúpulos, deixando ao destino dos Deuses todo aqueles que não façam parte dessas classes.
É triste mas é assim. As circunstâncias da vida deram origem a gerações sem qualquer sentido comum, isto é, gerações sem alma, inteiramente submissas ao desenvolvimento das novas tecnologias, sem pensarem por um momento que são estas a principal causa de todos os males. Tudo que era normal deixou de o ser. A vida com vida já nem sequer existe, a semente da mesma foi contaminada impedindo assim o seu desenvolvimento normal, ficando sujeita a doses contaminantes para continuar o destino que lhe foi programado mesmo antes de nascer.
Nestes precisos momentos, mais de um 20% da sociedade mundial, anda deambulando de um lado para outro em busca de uma dose alterada de cocaína ou morfina para snifarem ou injetarem no corpo, afins de aliviar o sofrimento degradante que padecem. Este tipo de droga que mata lentamente, é uma morte de luxo pelo seu valor desorbitado, tornando-se um dos melhores negócios do mundo, igual ou superior ao tráfico de armas. Não deixa de ser estranho a proibição de tais negócios ao que nos leva a pensar que a legalidade dos mesmos morreriam por si só, porque ninguém estaria disposto a suicidar-se gratuitamente, mesmo que ditas drogas estivessem livres de contaminação.
Imaginamos os milhões que custam ao contribuinte a manutenção de uma polícia especializada antidroga, sustentarem milhões de presos, uns condenados à morte, outros por vida para acabarem com o maldito tráfico. No entanto, a luta contra o tráfico de droga em vez de acabar, tornou-se como a luta contra o terrorismo, por mais que matem terroristas e prendam traficantes, cada vez existem mais drogados e mais inocentes a morrerem nas mãos de uns bandidos assassinos, sem se saber jamais quem são estes criminosos que nos matam indiscriminadamente!...
As quantidades de refugiados a morrerem de fome e de frio, expostos à tempérie sem qualquer meio de defesa, milhares e milhares de sem abrigo porque o próprio Estado cria situações propícias para que tal aconteça. Crisis económicas inventadas com fins de nos roubarem todas as nossas pertinências. Como é possível a impunidade dos assassinos que mataram e queimaram os corpos de vinte estudantes Mexicanos? Não serão estes atos de banditismo o maior terrorismo existente? Não serão estes crimes a verdadeira essência do mal? Se é assim, para que servem as policias e os Tribunais se não resolvem merda nenhuma? Para que pagamos impostos para alimentar Governos corruptos? As respostas a estas realidades, ficam para mais tarde, porque mexer na sujidade de uma só vez; dão ganas de vomitar.

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