A única certeza existente nesta vida, é
que o mundo não pode continuar a viver por muito tempo neste ínfimo de uma vida
tão reles. Por mais que existam grandes ares de grandeza; é pura ficção, pela
simples razão que a grandeza humana nunca foi material, mas sim espiritual, como
o demonstram os factos quotidianos. O ser humano está completamente vazio, com
uma alma enferrujada e isento de qualquer grandeza.
Uns anos atrás, existiam uma espécie de
curandeiros disfarçados de palhaços. Unicamente com gestos e um olhar
desafiante conseguiam fazer rir centenas de crianças e os seus acompanhantes. Estes
espetáculos ambulantes eram de uma eficácia perfeita. Uns sapatos rotos, umas
roupas coloridas, um disfarçado nariz era suficiente para transmitir ao mundo
infantil uma felicidade inesperada e inolvidável.
Esta gente maravilhosa que deambulava de
um lado para outro sem descanso, para transmitir aos outros a sua riqueza, não
o faziam por dinheiro, mas sim, por amor à arte de fazerem felizes milhares de
crianças. Mas, como os abutres só têm vida de papo cheio, ao verem a cara
destas crianças cheias de felicidade, não tardaram tempo a proibirem ditos
espetáculos, sancionar com multas a ocupação de terrenos que não são de ninguém.
A criação de impostos superiores às receitas ano atrás ano, obrigaram esta pobre
gente a desistir por falta de meios e assim acabarem com a magia adequada de fazerem
felizes estas almas infantis, deixando-as completamente abandonadas em terras
desertas sem qualquer futuro.
Entre pitos e flautas a vida continua,
com alma ou sem alma todos os meios são válidos para sobreviver. Os principais
pilares deste mundo moderno, não são outros que o crime organizado. A célebre
frase “ se não estás comigo, estarás contra mim” é a principal linha desta luta
terrorífica. A guerra com autorização das Nações Unidas ou se ela, é o núcleo central
do terror onde se matam indiscriminadamente centenas e centenas de milhares de
inocentes. O inconcebível é, como uma cambada de “lambeculos” estejam todos de acordo de transformar este Planeta num
autêntico Pandemónio?
As consequências destes pandemónios não teriam
grande importância se vivêssemos numa sociedade exclusivamente adulta. De uma
forma ou de outra todos somos culpados, uns pelos crimes que cometem, outros de
ficarem passivos e nada fazerem para impedir ditos crimes. Por isso, ninguém
pode estar isento de culpas, salvo as crianças que nada fizeram para serem as
principais vítimas destes harpias, que vivem neste mundo disfarçados de humanos;
quando em realidade não são mais que uns Títeres de papel molhado, uns abutres
que se alimento de tudo que está podrido, uns assexuados empedernidos nas altas
esferas do mal, devidamente preparados para transformarem o mundo à sua própria
imagem.
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