Por mais que se tente fechar os
olhos a toda esta miséria humana, é totalmente impossível. Escárnio pela manhã,
desconfiança ao médio dia, amedrontar pela tarde e por fim sorrisos amarelos de
euforia porque a guerra contra à Grécia já está ganha.
Estes comportamentos persistentes
têm muito em comum com as previsões meteorológicas, tão depressa anunciam que
vai chover, com ventos moderados do sul, como de repente se transformam em
tempestades com ventos à velocidade da luz, levando tudo pelo ar, deixando tudo
às escuras sem ninguém saber em que mundo vive.
Não deixa de ser alucinatório de
alguns aliciantes apregoarem aos quatro ventos a negativa do Senhor Vladimir
Putin de colaborar com o Syriza na ajuda de recuperar a economia Grega. Creio
que a Rússia não é um País à deriva e muito menos um País condicionado a quem
quer que seja, com dignidade suficiente de fazer o que muito bem lhe pareça sem
ter que prestar contas a ninguém. O diálogo entre Rússia e Grécia só a eles
lhes compete resolver o que devem resolver. O que não se pode nem deve fazer, é
meter colher de pau onde ninguém os chama. Segundo o Senhor Marc Roch foi bem o
Goldman Sachs que ajudou a Grécia a maquilhar as suas contas. Num curto espaço
de tempo a Grécia por esta maquilhagem contribuiu numa dívida de seis mil milhões
de euros a esta entidade bancária. Isto é, uma entidade bancária e um Primeiro-Ministro
desonesto metem a Grécia na boca de Lobos famintos, cujas consequências recaem
exclusivamente no povo Grego e ao trata-se de jogadas não convencionais o que
deve fazer o novo governo é prender o governo autor destas combinas altamente
sujas e que sejam os autores das mesmas a pagar os crimes que cometeram.
Com uma arrogância fora de comum, o Senhor
Wolfgang Schäuble anunciava que a Grécia não tinha outro remedio que
submeter-se aos compromissos da União Europeia, é lamentável que um político de
tal envergadura se exprima com um autoritarismo como se o povo Grego e outros
tenham a culpa do que fizeram os governos precedentes. Uma das piores coisas
desta vida é obrigar a pôr de joelhos alguém que quer morrer de pé. Dá a
impressão que o Senhor Schäuble desconhece a própria Historia do seu País.
Na década dos trinta do século
passado, a Alemanha estava nas mesmas condições ou piores do que se encontra
hoje a Grécia, no entanto, quando tentaram de uma forma ou de outra mete-la de
joelhos, em vez disso, o único que conseguiram foi a total destruição da
Europa. Estas exigências e a forma como estão a ser feitas é bem uma fotocópia
do passado, os princípios são os mesmos, mas de maneira nenhuma podemos pensar
que os fins vão ser a mesma coisa. A maldade do homem chegou ao fim de todos os
princípios, abusando, maltratando, sodomizando, indiscriminadamente todos os
povos sem condições de defenderem-se de quem os rouba. No entanto, os dias de
hoje, nada têm a ver com o passado, não sou eu que o digo, mas sim o próprio
autor da bomba atómica, um pouco antes de morrer.
Se o homem não encontra outra
forma de viver a não ser a destruição maciça, um dia já não terá nada que
destruir a não ser ele próprio.
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