domingo, 19 de abril de 2015

Euforia

Por mais que se tente fechar os olhos a toda esta miséria humana, é totalmente impossível. Escárnio pela manhã, desconfiança ao médio dia, amedrontar pela tarde e por fim sorrisos amarelos de euforia porque a guerra contra à Grécia já está ganha.
Estes comportamentos persistentes têm muito em comum com as previsões meteorológicas, tão depressa anunciam que vai chover, com ventos moderados do sul, como de repente se transformam em tempestades com ventos à velocidade da luz, levando tudo pelo ar, deixando tudo às escuras sem ninguém saber em que mundo vive.
Não deixa de ser alucinatório de alguns aliciantes apregoarem aos quatro ventos a negativa do Senhor Vladimir Putin de colaborar com o Syriza na ajuda de recuperar a economia Grega. Creio que a Rússia não é um País à deriva e muito menos um País condicionado a quem quer que seja, com dignidade suficiente de fazer o que muito bem lhe pareça sem ter que prestar contas a ninguém. O diálogo entre Rússia e Grécia só a eles lhes compete resolver o que devem resolver. O que não se pode nem deve fazer, é meter colher de pau onde ninguém os chama. Segundo o Senhor Marc Roch foi bem o Goldman Sachs que ajudou a Grécia a maquilhar as suas contas. Num curto espaço de tempo a Grécia por esta maquilhagem contribuiu numa dívida de seis mil milhões de euros a esta entidade bancária. Isto é, uma entidade bancária e um Primeiro-Ministro desonesto metem a Grécia na boca de Lobos famintos, cujas consequências recaem exclusivamente no povo Grego e ao trata-se de jogadas não convencionais o que deve fazer o novo governo é prender o governo autor destas combinas altamente sujas e que sejam os autores das mesmas a pagar os crimes que cometeram.
 Com uma arrogância fora de comum, o Senhor Wolfgang Schäuble anunciava que a Grécia não tinha outro remedio que submeter-se aos compromissos da União Europeia, é lamentável que um político de tal envergadura se exprima com um autoritarismo como se o povo Grego e outros tenham a culpa do que fizeram os governos precedentes. Uma das piores coisas desta vida é obrigar a pôr de joelhos alguém que quer morrer de pé. Dá a impressão que o Senhor Schäuble desconhece a própria Historia do seu País.
Na década dos trinta do século passado, a Alemanha estava nas mesmas condições ou piores do que se encontra hoje a Grécia, no entanto, quando tentaram de uma forma ou de outra mete-la de joelhos, em vez disso, o único que conseguiram foi a total destruição da Europa. Estas exigências e a forma como estão a ser feitas é bem uma fotocópia do passado, os princípios são os mesmos, mas de maneira nenhuma podemos pensar que os fins vão ser a mesma coisa. A maldade do homem chegou ao fim de todos os princípios, abusando, maltratando, sodomizando, indiscriminadamente todos os povos sem condições de defenderem-se de quem os rouba. No entanto, os dias de hoje, nada têm a ver com o passado, não sou eu que o digo, mas sim o próprio autor da bomba atómica, um pouco antes de morrer.
Se o homem não encontra outra forma de viver a não ser a destruição maciça, um dia já não terá nada que destruir a não ser ele próprio.

  

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