segunda-feira, 31 de outubro de 2016

À procura de uma justiça perfeita



Gilles Perrault, um escritor francês licenciado em direito, escreveu uns quantos livros onde deixa transparecer sem equívoco, os errores judiciais e as suas consequências irrecuperáveis. A máquina de acusar é de tal ordem convincente, que é capaz de tornar culpável a um inocente obrigando-o a confessar o inconfessável de um crime que não cometeu e o pior de tudo é acreditar em hipóteses totalmente erradas, transformando-as, em provas contundentes levando o suposto assassino à guilhotina.
Assim Christian Ranucci, um jovem de vinte e dois anos foi guilhotinado a 28 de Julho de 1976 às 4 h13 no pátio da prisão das Baumettes em Marselha. Segundo o autor, a justiça não busca culpados, mas sim, busca qualquer coisa que seja capaz de apaziguar os alaridos de um povo em fúria, pedindo justiça e morte aos culpados pelos crimes repugnantes que cometem sobre tudo quando se trata de uma violação e assassínio. Neste caso, quem sabe, talvez o verdadeiro assassino esteja entre nós, pelo facto, de uma nova investigação feita pelo digno escritor, ter aparecido no lugar do crime, um pulôver vermelho peça fundamental que prova a inocência de Christian Ranucci. Quais são as circunstâncias que podem levar a justiça a cometer estes horrores de crimes, sem deixar uma possibilidade de pedir perdão às vítimas?
Depois deste caso, a pena de morte foi abolida na França, mas a vítima foi assassinada, separando-lhe a cabeça do corpo, sem que a justiça tivesse a certeza que Christian Ranucci era culpado? Em outros países, existem milhares de condenações deste calibre, onde mantêm as vítimas durante décadas nos corredores da morte, esperando que confessem o inconfessável, porque não têm que confessar crimes que não cometeram, mesmo assim, cruxificam-nos da mesma maneira, enviando-os ao sepulcro como fizeram ao Jesus Cristo. A natureza não esquece nada, e por obra de não sei de quem, aqui estamos a recordar depois de mais de quarenta anos os assassinatos cometidos por uma justiça podre, são de tal ordem repugnantes cujas vítimas não podem descansar em paz, porque lhes roubaram a alma antes de morrerem.
Para melhor compreenderem estas diarreias intestinais e assim evitar confrontações e disputas com quem se julgam Deuses deste mundo, vou a dar um exemplo de um facto real publicado alguns meses atrás, em todos os jornais e televisões do Mundo. Um Senhor de raça negra empregado numa bijutaria qualquer nos Estados Unidos, foi condenado à pena Capital (morte) acusado de matar o seu patrão para lhe roubar as joias e toda a fortuna que possuía. A imaginação criminosa da máquina de acusação a primeira coisa a fazer foi prender o empregado de cor negra, para responder a estes atos macabros. Esta prisão sem qualquer indício de prova, jamais se pode considerar legal em nenhum Tribunal do Mundo e muito menos em Países que se dizem de direito como Estados Unidos de América. No entanto, este Senhor foi condenado à pena de morte onde permaneceu vinte e sete ou trinta e sete anos se não estou em erro nos corredores da morte à espera da mesma.
Entretanto, a consciência de um dos encobridores dos verdadeiros assassinos chegou ao limite de remordimentos, até que um dia vomitou o diabo que tinha dentro. Esta conhecedora deste macabro crime, não era outra que a mulher de um dos assassinos em que na época que se reproduziram ainda era noiva do mesmo. Assim de fácil, foram dois irmãos que mataram o outro irmão dono da bijutaria para herdarem a mesma.

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