Quando alguém ultrapassa as
barreiras do injustificável deve de ser totalmente normal que esse alguém; seja
apartado da sociedade em que vive e, recolhido em Hotéis das mesmas
características como o Hotel de Beja. No entanto, para que estas situações de
interdito sejam válidas, não podem de maneira nenhuma estarem sujeitas nem a
opiniões públicas nem a julgamentos do quarto poder. Uma ordem de captura só
deve ser dada com verdadeiro conhecimento de causa de culpabilidade do acusado
e além disso deve obedecer inteiramente ao segredo de justiça.
A justiça, a palavra o indica,
deve de ser justiça, com o devido poder de ordenar e mandar cumprir todas as
decisões dadas, sem que ditas decisões ultrapassem as barreiras do núcleo
judicial. Quando uma decisão judicial levanta voo antes do tempo, a mesma,
perde toda a sua credibilidade judicial, pelo motivo de sair do ninho de
encubação. Nem sequer faz falta entrar numa Universidade de Direito para
compreender o mundo venenoso em que se vive. A toxidade é de tal ordem que já
não existe uma só alma neste miserável mundo que esteja imune a esta toxidade!
A prova que dá origem a uma
investigação deve de ser guardada a sete chaves; isenta de qualquer
contaminação que possa levar os julgadores a caminhos irreais isentos de um
mínimo de verdade. Infelizmente estas situações são o pão nosso de cada dia,
que levam a sentenças contraditórias acabando por condenar inocentes e absolver
culpados. Estes princípios judiciais sem um mínimo de competência de assegurar
o segredo de justiça; jamais podem ser válidos num Estado dito de Direito. Na
justiça não pode existir erros judicias, porque se existem erros (…) deixa de
ser justiça para passar a ser qualquer coisa menos Justiça.
Estes espetáculos de centenas de
periodistas e polícias no Aeroporto de Lisboa para assistirem a ver como
prendiam um ex-Ministro, não deixa de ser uma das coisas mais repugnante jamais
vista neste pobre Pais. Portugal está a saque pelos seus próprios Governantes!
Será que estes espetáculos servem para tapar os assaltos que se estão a fazer
diariamente? A imagem da justiça deste pobre povo, não tardará muito se
continuamos com estas fantochadas a matarem-se uns aos outros para conseguir um
troço de pão.
Não é ao povo nem aos jornalistas
de dizer se o Senhor Sócrates é inocente ou culpado. É unicamente a justiça que
compete averiguar por meios legais e decentes a respetiva verdade e a partir
desse momento é a justiça a única que compete esclarecer este imbróglio criado
por ela própria. Nestas situações de espetáculos televisivos criados e
autorizados não podem cair sobre as costas do presumível culpado. Sendo assim,
mesmo que haja indícios de culpabilidade a forma de prisão do Senhor Sócrates
não pode ser considerada legal. Quem tem que engolir a espinha pelos erros
cometidos é quem os criou e neste caso não foi o Senhor Sócrates que
transformou a justiça num autêntico circo. Dá a impressão que dita prisão, é um
corta fogos aos incêndios que ardem continuamente neste País.
O povo não pode ter dúvidas se um arguido é
culpado ou inocente, é necessário confiar na justiça, mas como pode o povo
confiar na mesma se está encaixotada em contentores? Neste caso foi a justiça
que criou este tipo de publicidade à Americana, deixando transparecer aos olhos
de todo o País esta forma autoritária como se buscam provas vinculatórias e
assim convencerem o povo que existe uma justiça eficaz não é assim?
Como pode existir uma justiça
eficaz, se ainda hoje vários periódicos dizem que as escutas feitas ao Senhor
Sócrates dizem que pediu dinheiro emprestado a um amigo? Como é possível que os
jornais saibam estas coisas? Por outro lado, os jornais de hoje também dizem
que o dinheiro das comissões do submarino doze milhões e quinhentos mil euros
estão depositados no Banco BES da Madeira. Se é verdade porque não estão presos
os verdadeiros depositantes? Se as noticias dos jornais não correspondem à
verdade porque não se fecham estes jornais e se prendem os autores destas
notícias enganosas? Ou tudo isto faz parte da divina comédia para ter o povo
entretido? Por quanto tempo pode sobreviver um povo nesta desordem vergonhosa
de mentiras, corrupção, prevaricação, desfalques e todos os delitos dentro e
fora do código penal ,sem existir um só dia, que se possa dizer benza-me Deus
porque hoje se fez justiça!
Em quem devemos acreditar? No Deus ou no Diabo? Este
comportamento não é outro que o verdadeiro caminho do Diabo, porque já nem o
Santo Padre nem Ministros nem Presidentes se salvam desta maldição que caiu
sobre a terra transformando-nos em seres rastejadores víboras, engraxadores do
mesmíssimo Diabo; até que este se canse, e nos mande todos a tomar por saco
como dizem os Espanhóis
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