sábado, 13 de dezembro de 2014

O senhor Sócrates e o seu Hotel de Évora

Quando alguém ultrapassa as barreiras do injustificável deve de ser totalmente normal que esse alguém; seja apartado da sociedade em que vive e, recolhido em Hotéis das mesmas características como o Hotel de Beja. No entanto, para que estas situações de interdito sejam válidas, não podem de maneira nenhuma estarem sujeitas nem a opiniões públicas nem a julgamentos do quarto poder. Uma ordem de captura só deve ser dada com verdadeiro conhecimento de causa de culpabilidade do acusado e além disso deve obedecer inteiramente ao segredo de justiça.
A justiça, a palavra o indica, deve de ser justiça, com o devido poder de ordenar e mandar cumprir todas as decisões dadas, sem que ditas decisões ultrapassem as barreiras do núcleo judicial. Quando uma decisão judicial levanta voo antes do tempo, a mesma, perde toda a sua credibilidade judicial, pelo motivo de sair do ninho de encubação. Nem sequer faz falta entrar numa Universidade de Direito para compreender o mundo venenoso em que se vive. A toxidade é de tal ordem que já não existe uma só alma neste miserável mundo que esteja imune a esta toxidade!
A prova que dá origem a uma investigação deve de ser guardada a sete chaves; isenta de qualquer contaminação que possa levar os julgadores a caminhos irreais isentos de um mínimo de verdade. Infelizmente estas situações são o pão nosso de cada dia, que levam a sentenças contraditórias acabando por condenar inocentes e absolver culpados. Estes princípios judiciais sem um mínimo de competência de assegurar o segredo de justiça; jamais podem ser válidos num Estado dito de Direito. Na justiça não pode existir erros judicias, porque se existem erros (…) deixa de ser justiça para passar a ser qualquer coisa menos Justiça.
Estes espetáculos de centenas de periodistas e polícias no Aeroporto de Lisboa para assistirem a ver como prendiam um ex-Ministro, não deixa de ser uma das coisas mais repugnante jamais vista neste pobre Pais. Portugal está a saque pelos seus próprios Governantes! Será que estes espetáculos servem para tapar os assaltos que se estão a fazer diariamente? A imagem da justiça deste pobre povo, não tardará muito se continuamos com estas fantochadas a matarem-se uns aos outros para conseguir um troço de pão.
Não é ao povo nem aos jornalistas de dizer se o Senhor Sócrates é inocente ou culpado. É unicamente a justiça que compete averiguar por meios legais e decentes a respetiva verdade e a partir desse momento é a justiça a única que compete esclarecer este imbróglio criado por ela própria. Nestas situações de espetáculos televisivos criados e autorizados não podem cair sobre as costas do presumível culpado. Sendo assim, mesmo que haja indícios de culpabilidade a forma de prisão do Senhor Sócrates não pode ser considerada legal. Quem tem que engolir a espinha pelos erros cometidos é quem os criou e neste caso não foi o Senhor Sócrates que transformou a justiça num autêntico circo. Dá a impressão que dita prisão, é um corta fogos aos incêndios que ardem continuamente neste País.
 O povo não pode ter dúvidas se um arguido é culpado ou inocente, é necessário confiar na justiça, mas como pode o povo confiar na mesma se está encaixotada em contentores? Neste caso foi a justiça que criou este tipo de publicidade à Americana, deixando transparecer aos olhos de todo o País esta forma autoritária como se buscam provas vinculatórias e assim convencerem o povo que existe uma justiça eficaz não é assim?
Como pode existir uma justiça eficaz, se ainda hoje vários periódicos dizem que as escutas feitas ao Senhor Sócrates dizem que pediu dinheiro emprestado a um amigo? Como é possível que os jornais saibam estas coisas? Por outro lado, os jornais de hoje também dizem que o dinheiro das comissões do submarino doze milhões e quinhentos mil euros estão depositados no Banco BES da Madeira. Se é verdade porque não estão presos os verdadeiros depositantes? Se as noticias dos jornais não correspondem à verdade porque não se fecham estes jornais e se prendem os autores destas notícias enganosas? Ou tudo isto faz parte da divina comédia para ter o povo entretido? Por quanto tempo pode sobreviver um povo nesta desordem vergonhosa de mentiras, corrupção, prevaricação, desfalques e todos os delitos dentro e fora do código penal ,sem existir um só dia, que se possa dizer benza-me Deus porque hoje se fez justiça!
Em quem devemos acreditar? No Deus ou no Diabo? Este comportamento não é outro que o verdadeiro caminho do Diabo, porque já nem o Santo Padre nem Ministros nem Presidentes se salvam desta maldição que caiu sobre a terra transformando-nos em seres rastejadores víboras, engraxadores do mesmíssimo Diabo; até que este se canse, e nos mande todos a tomar por saco como dizem os Espanhóis

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