Felizmente, ainda existe gente
neste mundo, devidamente dotada de prever o antes e o depois. Jacques Delors
foi uma dessas criaturas que fez tuto quanto pôde para conseguir que Europa falasse
numa só voz, e ao mesmo tempo se tornara um exemplo de Continente Europeu, onde
devia reinar os princípios de uma boa convivência. “ Um por todos e todos por
um”. Mas, como os maus augúrios, estão sempre ao lado dos bons pensantes,
quando estes falam no bom sentido da palavra, é quase instantâneo que reaparece
uma outra força negativa e destrutiva, impedindo através de todos os meios
possíveis e imaginários para que não possa existir uma boa convivência
Europeia.
A revolta estudantil levada a cabo
em Maio de 1968, foi bastante difícil compreender as verdadeiras causas de dita
revolta. Em princípio pediam a demissão do Primeiro - Ministro Georges Pompidou.
Esta petição foi cedida por Charles de Gaulle e ao mesmo tempo, ao ver o
descontentamento do povo, formulou um referendo com a pergunta se devia
continuar como Presidente ou se devia partir. A resposta foi contundente –
devia de partir. Assim, sem qualquer agradecimento da parte de um povo, que
antes comia batatas peladas e vivia numa das maiores misérias, uma vez de
barriga cheia, não teve um mínimo de respeito por alguém que devolveu a
dignidade à França.
A ingratidão do povo perante o
seu Presidente levou este verdadeiro homem de Estado a demitir-se e refugiar-se
em Colombey-les-Deux-Eglises; onde morreu a 9 de Novembro de 1970. Nessa época
os jogos sujos da Politica, só eram compreendidos entre os políticos, não era muito
fácil, compreender o que se cozinhava. Os intelectuais do “ Quartier latin”
preocupavam-se mais, com o que passava em Cuba ou na Europa de Leste do que no
seu próprio País! A França depois de todo o reboliço que fez, para expulsar
Georges Pompidou das altas esferas politicas, uma vez conseguido, é a própria
revolução que abre as portas do Champs-Elysées a Georges Pompidou como
Presidente da República francesa.
Foi nessa época que os escândalos
começam a surgir dia atrás dia. O que não se compreendeu nessa data, os factos
e escândalos consecutivos cometidos até aos dias de hoje, demonstram
perfeitamente bem, que o Maio de 68 não foi mais que Uma primavera “à la Française.”
O objetivo não era Georsges Pompidou; mas sim o próprio General Charles de
Gaulle. O Mundo do poder oculto, não podia permitir que no coração da Europa
existisse um Chefe de Estado incorrupto, além disso, ter a coragem de retirar a
França do Comando Militar da OTAN. Sem qualquer problema, rejeitou qualquer
influência tanto Norte Americana como Britânica. Por duas vezes vetou a
Inglaterra de entrar na Comunidade Europeia. A dignidade de um Político assim,
não podia continuar, porque os que se creiam e se creem donos do Mundo não
podem permitir que alguém governe honestamente um País, sem que o Diabo esteja
constantemente com a boca na teta chupando até o próprio sangue.
Charles de Gaulle sobreviveu a
dois atentados, talvez por causa do cansaço já não quis sobreviver ao terceiro;
porque este lhe dava a oportunidade de ver todo o esforço de uma vida, dedicado
ao seu País, esfumar-se sem deixar qualquer rasto. A morte deste grande Chefe
de Estado, não só, deixou a França de luto, como toda a Europa. As portas da
França foram abertas a todos os maus augúrios de mala morte. Os Cantos das aves
anunciavam que a partir desse momento a França e Europa estavam sequestradas ao
mesmo tempo. A Europa já não é Europa e por isso nada pode fazer, sem ordem
expressa dos seus sequestradores. Esta realidade maior que um Templo será
contada quando possa ser contada. Nem sempre se pode dizer o que se pensa nem
fazer o que se deve; são causas alheias à nossa vontade e para que não
desapareçam devem de ter luz no momento exato para continuarem a sobrevive.
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