sábado, 21 de novembro de 2015

>Parte 1< A primavera de maio de 1968



Era interessantíssimo presenciar e ouvir em alguns cafés do Quartier-Latin, algumas tertúlias improvisadas de Jean Paul -Sartre, Simone de Beauvoir, Pablo Picasso e outros tantos anónimos, a falar do futuro da França depois do célebre Maio de 1968. Sartre um teórico do existencialismo, convicto que o mundo só podia ser gerido por intelectuais e que estes bravos estudantes da Sorbonne, sabiam perfeitamente o que faziam e que se apresentava um verdadeiro futuro para a França. O certo é, que o Maio de 68 foi uma força invisível de tal ordem poderosa e persistente para conseguir objetivos. Assim, por mais encantadoras que tivessem sido distas tertúlias, nenhum intelectual da época, conseguiu decifrar que dita força invisível não nasceu na Sorbonne, nem muito menos nasceu dos intelectuais.
A incógnita e os despistes dos acontecimentos de Maio de 68 foram diversos. A primeira contradição foi o povo Francês unir-se de corpo e alma à filosofia do mundo estudantil. Este exigia a gritos desesperados a demissão de Georges Pompidu e todo o povo aderiu a esta conduta estudaentil, obrigando Charles de Gaulle a demitir Pompidu. Satisfeitas as exigências estudantis, também exigem a partida de Charles de Gaulle, donde este, se vê obrigado a fazer um referêndum perguntando ao povo Francês se deve de continuar a governar a França ou se deve de Partir. A França que antes de Charles de Gaulle comia batatas e com ele comiam bons bifes, disseram-lhe rotundamente que se fosse e que deixasse a França tomar o seu próprio caminho.

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