Era interessantíssimo presenciar e ouvir em alguns cafés do Quartier-Latin,
algumas tertúlias improvisadas de Jean Paul -Sartre, Simone de Beauvoir, Pablo
Picasso e outros tantos anónimos, a falar do futuro da França depois do célebre
Maio de 1968. Sartre um teórico do existencialismo, convicto que o mundo só
podia ser gerido por intelectuais e que estes bravos estudantes da Sorbonne, sabiam
perfeitamente o que faziam e que se apresentava um verdadeiro futuro para a França.
O certo é, que o Maio de 68 foi uma força invisível de tal ordem poderosa e
persistente para conseguir objetivos. Assim, por mais encantadoras que tivessem
sido distas tertúlias, nenhum intelectual da época, conseguiu decifrar que dita
força invisível não nasceu na Sorbonne, nem muito menos nasceu dos intelectuais.
A incógnita e os despistes dos acontecimentos de Maio de 68 foram diversos.
A primeira contradição foi o povo Francês unir-se de corpo e alma à filosofia
do mundo estudantil. Este exigia a gritos desesperados a demissão de Georges Pompidu
e todo o povo aderiu a esta conduta estudaentil, obrigando Charles de Gaulle a
demitir Pompidu. Satisfeitas as exigências estudantis, também exigem a partida
de Charles de Gaulle, donde este, se vê obrigado a fazer um referêndum
perguntando ao povo Francês se deve de continuar a governar a França ou se deve
de Partir. A França que antes de Charles de Gaulle comia batatas e com ele
comiam bons bifes, disseram-lhe rotundamente que se fosse e que deixasse a
França tomar o seu próprio caminho.
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