Com o devido respeito e com todos os princípios de razão, venho perante
esta Assembleia expor um conjunto de situações de tal ordem macabras que levam
todos os meus sentidos a perguntar a mim próprio se a Assembleia da República é
um lugar sagrado ao serviço do Povo ou um vulgar e ordinário sítio onde se
reúnem uma banda de mafiosos para decidirem a melhor forma como devem depenar
até à desnudez total, o povo que lhes deu de mamar.
Neste País, um dos mais favorecidos do mundo, com capacidades infinitas de
ser um Paraíso Terrestre, com uma população apta a desempenhar qualquer função
em benefício de todos e em vez disso, o único que sabem fazer nessa Assembleia
é contarem-se histórias uns aos outros, demonstrando uma coisa e fazerem uma
outra levando o País a um verdadeiro suicídio sem uma única esperança de
salvação. Neste mundo existe uma palavra que se chama justiça, e sem a mesma
nada consegue viver. Um Deus para nós e um Diabo para os outros, não é justiça
mas sim desordem social ilimitada.
Nenhum País pode ter duas ou três legislações ao mesmo tempo! Uma para
ricos, outra para pobres e ainda outras legislações destinadas a classes
desfavorecidas, sobretudo à de ancianos que são tratados nas instituições
estatais como a Santa Casa dita Misericórdia em que eu bautizei a Casa do Diabo
pelo motivo de os pobres ancianos morrem em cadeia desidratados, esfomeados,
isentos totalmente de defesas para poderem fazer face a um cambio climático e que
uma simples corrente de ar, seja mais que suficiente para provocar uma
pneumonia e dizer adeus à vida para sempre.
Ora, este trato criminoso que sofrem estes ancianos nestas instituições de
caridade, depois de se apropriarem das suas reformas por completo, ainda os
Governos têm o descaramento de criarem leis que obrigam os filhos destas pobres
criaturas a pagarem uma média de 850 € para continuarem em dita instituição, alegando
que a reforma que têm, não é o suficiente para pagar os gastos que ocasionam. O
incompreensível é que uma instituição estatal decide que 300€ é mais que
suficiente para a sobrevivência de um anciano, mas quando o anciano perde os
seus próprios recursos de poder cuidar de si mesmo; uma outra instituição
estatal decide que 300€ não é suficiente para que dito anciano possa usufruir
dos cuidados desta Santa Casa Diabólica porque a reforma não atinge a quantia
suficiente para ser cuidado por esta casa de abutres.
Assim, são as instituições portuguesas, umas decidem e outras desfazem o
que outras decidiram, provocando autênticos terramotos exigindo com leis
piratas, que os familiares de ditos ancianos com salários miseráveis que a
maior parte nem sequer ganha para sustentar os filhos quanto mais ter que pagar
uma média de 800€ a esta instituição para que esta os deixe morrer de fome,
frio, angustia, e tristeza esta pobre gente que deixou a pele a trabalhar para
pagar impostos a Estados corruptos por um lado e por outro, a descontar 33% do
seu salário para a Segurança Social para que esta lhes pague uma reforma digna
para continuarem a viver e como o podem comprovar, estes pobres infelizes nem
sequer tem direito a tocar o dinheiro que lhe pertence. Depois de dez anos que
levo pesquizando esta intriga intestinal, me tenho esbarrado com crimes de tal
ordem repugnantes que em qualquer Estado de Direito era mais que suficiente
para meter em prisão perpétua os Ministros de assuntos Sociais, até ao último
empregado que distribui os números aos utentes para serem atendidos nestes
falsos centros chamados Segurança Social.
Uma Senhora de 86 anos perde o rombo da sua vida. O marido morre de cancro
e o suposto filho adotado pelo marido, além de se apropriar de todos os bens
que lhe pertenciam ainda, a ameaça de morte em caso de reclamar seja o que seja
do pai. São estes comportamentos isentos de qualquer controle estatal e de
justiça que levam o cidadão a perder toda a sua dignidade, a fé, criando um
vazio de tal obscuridade dando origem ao suicídio de uma parte, e a outros como
o caso desta heroína, que sobreviveu durante trinta anos sem água nem luz, dentro
de um buraco num bairro excomungado chamado Boavista, levando-a a deixar-se dormir
até que a morte a leve para onde tenha que levar. Um simples carteiro depois de
lhe bater à porta umas quantas vezes e ao não abrir, decide passar-lhe
oralmente uma certidão de Óbito, devolvendo o cheque da sua pequena reforma à
Segurança social, escrevendo por trás que possivelmente estava morta.
Ato contínuo, a digna Instituição
Suprema chamada Segurança Social resolve por motivo de Óbito de cancelar o
envio de dita reforma a uma Senhora que está a morrer por falta de assistência.
Analisamos profundamente o espaço da nossa vida, perguntando-nos uma e outra
vez, se realmente a vida é nossa ou se pertencemos a uma classe de harpias que
nos roubam muito antes de nascer e que nos dão como mortos muito antes de
morrer!
Como pode uma parte da sociedade viver enterrada até ao pescoço cheia de
merda? Outra, isenta de qualquer princípio, adestrada para matar-se a trabalhar
para criar os filhos, sussurrando-lhes a cada instante que dê graças a Deus por
ter um trabalho para seguir em frente. Vejamos também, aquela parte de verdugos
compulsivos, com cara de taciturnos porque têm perfeitamente conhecimento das
funções que desempenham de receber fundos de pessoas que não têm sequer para
chegar ao fim do mês. A única resposta que sabem dar quando são abordados a
perguntas que lhe fazem, é que se não for ele a fazer o que faz; estão milhares
à espera para ocupar o seu lugar.
A vida não deixa de ser uma injustiça
arrepiante, sem qualquer sentido de ser vivida e o pior de tudo, é que cada dia
que passa se multiplicam os harpias que nos impedem de a viver e mediante tais
situações me pergunto se não é o próprio Deus o verdadeiro culpado de tanta miséria
humana.
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