sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Carta aberta a todos os Deputados



Com o devido respeito e com todos os princípios de razão, venho perante esta Assembleia expor um conjunto de situações de tal ordem macabras que levam todos os meus sentidos a perguntar a mim próprio se a Assembleia da República é um lugar sagrado ao serviço do Povo ou um vulgar e ordinário sítio onde se reúnem uma banda de mafiosos para decidirem a melhor forma como devem depenar até à desnudez total, o povo que lhes deu de mamar.
Neste País, um dos mais favorecidos do mundo, com capacidades infinitas de ser um Paraíso Terrestre, com uma população apta a desempenhar qualquer função em benefício de todos e em vez disso, o único que sabem fazer nessa Assembleia é contarem-se histórias uns aos outros, demonstrando uma coisa e fazerem uma outra levando o País a um verdadeiro suicídio sem uma única esperança de salvação. Neste mundo existe uma palavra que se chama justiça, e sem a mesma nada consegue viver. Um Deus para nós e um Diabo para os outros, não é justiça mas sim desordem social ilimitada.
Nenhum País pode ter duas ou três legislações ao mesmo tempo! Uma para ricos, outra para pobres e ainda outras legislações destinadas a classes desfavorecidas, sobretudo à de ancianos que são tratados nas instituições estatais como a Santa Casa dita Misericórdia em que eu bautizei a Casa do Diabo pelo motivo de os pobres ancianos morrem em cadeia desidratados, esfomeados, isentos totalmente de defesas para poderem fazer face a um cambio climático e que uma simples corrente de ar, seja mais que suficiente para provocar uma pneumonia e dizer adeus à vida para sempre.
Ora, este trato criminoso que sofrem estes ancianos nestas instituições de caridade, depois de se apropriarem das suas reformas por completo, ainda os Governos têm o descaramento de criarem leis que obrigam os filhos destas pobres criaturas a pagarem uma média de 850 € para continuarem em dita instituição, alegando que a reforma que têm, não é o suficiente para pagar os gastos que ocasionam. O incompreensível é que uma instituição estatal decide que 300€ é mais que suficiente para a sobrevivência de um anciano, mas quando o anciano perde os seus próprios recursos de poder cuidar de si mesmo; uma outra instituição estatal decide que 300€ não é suficiente para que dito anciano possa usufruir dos cuidados desta Santa Casa Diabólica porque a reforma não atinge a quantia suficiente para ser cuidado por esta casa de abutres.
Assim, são as instituições portuguesas, umas decidem e outras desfazem o que outras decidiram, provocando autênticos terramotos exigindo com leis piratas, que os familiares de ditos ancianos com salários miseráveis que a maior parte nem sequer ganha para sustentar os filhos quanto mais ter que pagar uma média de 800€ a esta instituição para que esta os deixe morrer de fome, frio, angustia, e tristeza esta pobre gente que deixou a pele a trabalhar para pagar impostos a Estados corruptos por um lado e por outro, a descontar 33% do seu salário para a Segurança Social para que esta lhes pague uma reforma digna para continuarem a viver e como o podem comprovar, estes pobres infelizes nem sequer tem direito a tocar o dinheiro que lhe pertence. Depois de dez anos que levo pesquizando esta intriga intestinal, me tenho esbarrado com crimes de tal ordem repugnantes que em qualquer Estado de Direito era mais que suficiente para meter em prisão perpétua os Ministros de assuntos Sociais, até ao último empregado que distribui os números aos utentes para serem atendidos nestes falsos centros chamados Segurança Social.
Uma Senhora de 86 anos perde o rombo da sua vida. O marido morre de cancro e o suposto filho adotado pelo marido, além de se apropriar de todos os bens que lhe pertenciam ainda, a ameaça de morte em caso de reclamar seja o que seja do pai. São estes comportamentos isentos de qualquer controle estatal e de justiça que levam o cidadão a perder toda a sua dignidade, a fé, criando um vazio de tal obscuridade dando origem ao suicídio de uma parte, e a outros como o caso desta heroína, que sobreviveu durante trinta anos sem água nem luz, dentro de um buraco num bairro excomungado chamado Boavista, levando-a a deixar-se dormir até que a morte a leve para onde tenha que levar. Um simples carteiro depois de lhe bater à porta umas quantas vezes e ao não abrir, decide passar-lhe oralmente uma certidão de Óbito, devolvendo o cheque da sua pequena reforma à Segurança social, escrevendo por trás que possivelmente estava morta.
 Ato contínuo, a digna Instituição Suprema chamada Segurança Social resolve por motivo de Óbito de cancelar o envio de dita reforma a uma Senhora que está a morrer por falta de assistência. Analisamos profundamente o espaço da nossa vida, perguntando-nos uma e outra vez, se realmente a vida é nossa ou se pertencemos a uma classe de harpias que nos roubam muito antes de nascer e que nos dão como mortos muito antes de morrer!
Como pode uma parte da sociedade viver enterrada até ao pescoço cheia de merda? Outra, isenta de qualquer princípio, adestrada para matar-se a trabalhar para criar os filhos, sussurrando-lhes a cada instante que dê graças a Deus por ter um trabalho para seguir em frente. Vejamos também, aquela parte de verdugos compulsivos, com cara de taciturnos porque têm perfeitamente conhecimento das funções que desempenham de receber fundos de pessoas que não têm sequer para chegar ao fim do mês. A única resposta que sabem dar quando são abordados a perguntas que lhe fazem, é que se não for ele a fazer o que faz; estão milhares à espera para ocupar o seu lugar.
 A vida não deixa de ser uma injustiça arrepiante, sem qualquer sentido de ser vivida e o pior de tudo, é que cada dia que passa se multiplicam os harpias que nos impedem de a viver e mediante tais situações me pergunto se não é o próprio Deus o verdadeiro culpado de tanta miséria humana.

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