Como podem ver no último parágrafo do primeiro capítulo a forma como se
movimenta a máquina da Justiça levando mais ao menos três décadas martirizando
uma pobre vítima para confessar o inconfessável. Este princípio criminal
demonstra bem que o sistema judicial não funciona. Dia atrás dia, convictos que
no dia seguinte vai confessar um crime que não cometeu, é umas das coisas mais
aberrantes da mente humana, em que o homem deixou de o ser, para se transformar
num ser taciturno, isento de qualquer pensamento positivo, um ser malvado, corrupto,
mentiroso, ladrão, vicioso, degenerado, pedófilo, incluso assexuado, mil vezes
pior do que qualquer ave de rapina ou abutre. Quando um ser humano não tem a
capacidade de saber distinguir entre o bem e o mal, é porque neste mundo já não
existe outra coisa que um vazio total à espera que tudo se transforme em
harpias até que chegue o momento final.
Infelizmente se cometem diariamente milhares de crimes, uns por
circunstâncias, outros por rasões indefinidas que acabam inesperadamente em crime.
O incompreensível destes jogos de caça ratos, tornou-se num labirinto de tal
ordem mistificado ao ponto de não saber-se quem é o rato ou o gato, por ambos
estarem encapuchados nos momentos delituosos. Reconhecer os autores destas
cenas de barbárie é totalmente impossível, salvo através de um estudo
científico que nos possa aportar provas da sua autenticidade.
Assim neste mundo de gatos e ratos existe um conflito de tal ordem
incontrolável onde todos sem exceção somos cúmplices. Como se diz no meu povo,
tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta. Neste Mundo de terror é
precisamente a mesma coisa., Tanto é terrorista o que se faz explodir como
aquele que o prepara para se fazer explodir não é assim? Os fatores diabólicos são tantos que por vezes
sem o crer me fazem descarrilar para outros assuntos não menos interessantes,
mas guardamo-los para outra ocasião e continuamos com a nossa justiça sem
justiça.
É inconcebível que mesmo antes de nascer, um pequeno ser, já esteja
destinado ou condenado a pagar a porcaria que os outros fizeram e fazem!... O
mesmo passa com os criminosos terroristas, ainda não têm terminado o atentado
já os meios de comunicação estão a divulgar o nome dos mesmos. Estes milagres
de adivinhança instantânea me deixam com uma espinha na garganta e por muito
miolo de pão que coma não a consigo engolir.
Os atentados de Toulouse cometidos segundo a Policia por Mohamed Merah, foi
apanhado de sopresa num apartamento no subúrbio de Toulouse. Segundo a prensa, as
forças especiais que rodearam o apartamento onde se encontrava Merah eram mais
de duzentos, disparando mais de trezentas balas. Segundo o Ministro do Interior
morreu ao mandar-se de uma janela abaixo. Mais tarde, o informe da autópsia diz
que foi morto por uma bala que lhe destruiu o cérebro disparada por um franco tirador
provocando-lhe morte imediata.
Não deixa de ser arrepiante esta forma de fazer justiça sem justiça, porque
ninguém pode acreditar que uma Policia Francesa não tenha meios mais que
suficientes para prenderem estes terroristas feitos à pressão e obrigarem-nos a
dizer quem são os seus verdadeiros cúmplices. Mas tudo nos indica que ninguém
tem interesse no conhecimento da verdade. Neste mundo escuro em que se vive,
por mais raiado que esteja o disco cada vez toca mais forte, sem qualquer
intenção e desejo de levar as coisas ao seu devido lugar, dando a impressão que
o mundo inteiro sem exceção, pouco lhe importa se o sangue que corre pelas valetas,
seja de inocentes ou culpados?
Estes imbróglios macabros são sempre imprevisíveis, gerando situações
confusas onde não se sabe quem é quem. Uma coisa é certa, nada neste mundo é
por acaso e gratuito; sempre está por detrás os jogos de interesses e não será tão
difícil saber donde caiem os interesses desta repressão esquizofrénica, onde o
ser humano é um alvo a abater.
Umas semanas atrás no Distrito de
Vila Real, as forças da Guarda Republicana, de mão encima da arma em busca de
um suposto assassino chamado Pedro Dias. A história deste episódio está de tal
ordem mal contada que me fez lembrar os assassinos dos pobres jornalistas
Charlie Hebdo que também os assassinos deixaram num carro abandonado as
fotocópias dos seus bilhetes de identidade. Não se compreender que por dois
papéis que aparecem num carro abandonado se possam mobilizar 92.000 policias
para matarem supostos terroristas sem qualquer certeza da sua culpabilidade.
Ao ver a Guarda Republicada de um nervosismo alterado com a mão sobre a
pistola pronta a díspar, lembrei-me dos 92.000 polícias franceses que saíram à
rua para dar caça aos terroristas que mataram supostamente os pobres
jornalistas. Nste tipo de crime não ponho em causa o tipo de condenação que
deve sofrer o criminoso; mas sim o que devemos todos por em causa é que se
gastem trezentas balas, sem se saber se está culpado ou inocente! O mesmo
passaria com o Senhor Pedro Dias que por um gesto não adequado o tivessem morto
e assim teríamos que viver na incógnita se era culpado ou inocente.
A justiça deve de ser um problema de Tribunais e jamais um problema de
cowboys do Texas, em que nos transforma em caso de inocência piores que
terroristas.
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