quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Segundo Capítulo À procura de uma justiça perfeita




Como podem ver no último parágrafo do primeiro capítulo a forma como se movimenta a máquina da Justiça levando mais ao menos três décadas martirizando uma pobre vítima para confessar o inconfessável. Este princípio criminal demonstra bem que o sistema judicial não funciona. Dia atrás dia, convictos que no dia seguinte vai confessar um crime que não cometeu, é umas das coisas mais aberrantes da mente humana, em que o homem deixou de o ser, para se transformar num ser taciturno, isento de qualquer pensamento positivo, um ser malvado, corrupto, mentiroso, ladrão, vicioso, degenerado, pedófilo, incluso assexuado, mil vezes pior do que qualquer ave de rapina ou abutre. Quando um ser humano não tem a capacidade de saber distinguir entre o bem e o mal, é porque neste mundo já não existe outra coisa que um vazio total à espera que tudo se transforme em harpias até que chegue o momento final.
Infelizmente se cometem diariamente milhares de crimes, uns por circunstâncias, outros por rasões indefinidas que acabam inesperadamente em crime. O incompreensível destes jogos de caça ratos, tornou-se num labirinto de tal ordem mistificado ao ponto de não saber-se quem é o rato ou o gato, por ambos estarem encapuchados nos momentos delituosos. Reconhecer os autores destas cenas de barbárie é totalmente impossível, salvo através de um estudo científico que nos possa aportar provas da sua autenticidade.
Assim neste mundo de gatos e ratos existe um conflito de tal ordem incontrolável onde todos sem exceção somos cúmplices. Como se diz no meu povo, tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta. Neste Mundo de terror é precisamente a mesma coisa., Tanto é terrorista o que se faz explodir como aquele que o prepara para se fazer explodir não é assim?  Os fatores diabólicos são tantos que por vezes sem o crer me fazem descarrilar para outros assuntos não menos interessantes, mas guardamo-los para outra ocasião e continuamos com a nossa justiça sem justiça.
É inconcebível que mesmo antes de nascer, um pequeno ser, já esteja destinado ou condenado a pagar a porcaria que os outros fizeram e fazem!... O mesmo passa com os criminosos terroristas, ainda não têm terminado o atentado já os meios de comunicação estão a divulgar o nome dos mesmos. Estes milagres de adivinhança instantânea me deixam com uma espinha na garganta e por muito miolo de pão que coma não a consigo engolir.
Os atentados de Toulouse cometidos segundo a Policia por Mohamed Merah, foi apanhado de sopresa num apartamento no subúrbio de Toulouse. Segundo a prensa, as forças especiais que rodearam o apartamento onde se encontrava Merah eram mais de duzentos, disparando mais de trezentas balas. Segundo o Ministro do Interior morreu ao mandar-se de uma janela abaixo. Mais tarde, o informe da autópsia diz que foi morto por uma bala que lhe destruiu o cérebro disparada por um franco tirador provocando-lhe morte imediata.
Não deixa de ser arrepiante esta forma de fazer justiça sem justiça, porque ninguém pode acreditar que uma Policia Francesa não tenha meios mais que suficientes para prenderem estes terroristas feitos à pressão e obrigarem-nos a dizer quem são os seus verdadeiros cúmplices. Mas tudo nos indica que ninguém tem interesse no conhecimento da verdade. Neste mundo escuro em que se vive, por mais raiado que esteja o disco cada vez toca mais forte, sem qualquer intenção e desejo de levar as coisas ao seu devido lugar, dando a impressão que o mundo inteiro sem exceção, pouco lhe importa se o sangue que corre pelas valetas, seja de inocentes ou culpados?
Estes imbróglios macabros são sempre imprevisíveis, gerando situações confusas onde não se sabe quem é quem. Uma coisa é certa, nada neste mundo é por acaso e gratuito; sempre está por detrás os jogos de interesses e não será tão difícil saber donde caiem os interesses desta repressão esquizofrénica, onde o ser humano é um alvo a abater.
 Umas semanas atrás no Distrito de Vila Real, as forças da Guarda Republicana, de mão encima da arma em busca de um suposto assassino chamado Pedro Dias. A história deste episódio está de tal ordem mal contada que me fez lembrar os assassinos dos pobres jornalistas Charlie Hebdo que também os assassinos deixaram num carro abandonado as fotocópias dos seus bilhetes de identidade. Não se compreender que por dois papéis que aparecem num carro abandonado se possam mobilizar 92.000 policias para matarem supostos terroristas sem qualquer certeza da sua culpabilidade.
Ao ver a Guarda Republicada de um nervosismo alterado com a mão sobre a pistola pronta a díspar, lembrei-me dos 92.000 polícias franceses que saíram à rua para dar caça aos terroristas que mataram supostamente os pobres jornalistas. Nste tipo de crime não ponho em causa o tipo de condenação que deve sofrer o criminoso; mas sim o que devemos todos por em causa é que se gastem trezentas balas, sem se saber se está culpado ou inocente! O mesmo passaria com o Senhor Pedro Dias que por um gesto não adequado o tivessem morto e assim teríamos que viver na incógnita se era culpado ou inocente.
A justiça deve de ser um problema de Tribunais e jamais um problema de cowboys do Texas, em que nos transforma em caso de inocência piores que terroristas.

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