Sim!... Um fantasma numa das
praias da Tunísia, de metralhadora na mão, passeando-se pela mesma, sem que a
os veraneantes tivessem medo daquilo que estavam a ver. Uns dias mais tarde do
sucedido, vi em qualquer parte nos meios de comunicação dita imagem, que
instantaneamente me transmitiu a essência de uma realidade transcendental dos
dias de hoje.
Não há dúvida que a imagem que se
deslocava nessa dita praia, não era de um ser real, o vazio da sua mirada não
só transmitia a ausência deste mundo por um lado, inerente a um outro, sem
qualquer possibilidade de fuga do destino premeditado… Talvez, essa mirada
vazia, acompanhada de passos lentos, era a única forma de pedir que o matassem
antes de manchar a sua alma. No entanto, algumas chamadas às autoridades, estas
ignoram por completo a situação sem darem credito ao que ouviam.
Não quero ser mal pensado, mas
tão pouco quero viver com espinhas na garganta toda uma vida sem a
possibilidade de as digerir. Estando o mundo constantemente à alerta e em
guerra contra o terrorismo, como é possível que as autoridades tunisianas não
fizeram nada, para evitar este massacre de trinta e oito turistas? Será que a
guerra contra o terror não é contra o terror, mas sim contra inocentes?
O certo é, é que a Tunísia não se
pode acusar de nada, sendo assim, quem é a mão negra que a está a matar? Será a
mesma que está a matar a Europa?
Esta reflexão deixo-a aos
assassinos, por muito que matem, eles também morreram em circunstâncias talvez
mil vezes piores em que morrem os inocentes.
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