quarta-feira, 1 de julho de 2015

Um fantasma na praia

Sim!... Um fantasma numa das praias da Tunísia, de metralhadora na mão, passeando-se pela mesma, sem que a os veraneantes tivessem medo daquilo que estavam a ver. Uns dias mais tarde do sucedido, vi em qualquer parte nos meios de comunicação dita imagem, que instantaneamente me transmitiu a essência de uma realidade transcendental dos dias de hoje.
Não há dúvida que a imagem que se deslocava nessa dita praia, não era de um ser real, o vazio da sua mirada não só transmitia a ausência deste mundo por um lado, inerente a um outro, sem qualquer possibilidade de fuga do destino premeditado… Talvez, essa mirada vazia, acompanhada de passos lentos, era a única forma de pedir que o matassem antes de manchar a sua alma. No entanto, algumas chamadas às autoridades, estas ignoram por completo a situação sem darem credito ao que ouviam.
Não quero ser mal pensado, mas tão pouco quero viver com espinhas na garganta toda uma vida sem a possibilidade de as digerir. Estando o mundo constantemente à alerta e em guerra contra o terrorismo, como é possível que as autoridades tunisianas não fizeram nada, para evitar este massacre de trinta e oito turistas? Será que a guerra contra o terror não é contra o terror, mas sim contra inocentes?
O certo é, é que a Tunísia não se pode acusar de nada, sendo assim, quem é a mão negra que a está a matar? Será a mesma que está a matar a Europa?

Esta reflexão deixo-a aos assassinos, por muito que matem, eles também morreram em circunstâncias talvez mil vezes piores em que morrem os inocentes.

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