domingo, 28 de setembro de 2014

>Parte 2< Carta aberta ao todo Poderoso.

eito a um copo de água.
Digo isto meu Deus, porque estou seguro do que te digo, penso que me castigarias se eu viesse perante Ti contar mentiras não é assim?
Tu me deste uma dignidade e farei todo o possível para viver dentro da mesma. Nos tempos  que correm é quase impossível viver de uma forma honesta e muito menos poderes dizer o que pensas desta miserável vida em que vives. Não existe outra maneira de viver sem teres que adaptar-te ao pátio da tua comunidade. Nem imaginas como todos os vizinhos estão sempre à espera que alguém da comunidade faça algo fora do normal para terem bases suficientes de acusa-lo de um não adaptado à comunidade e como deves de saber um simples descuido de qualquer residente é o suficiente para dar início a uma conspiração contra ele e expulsa-lo. É normal e corrente fazer-se um baixo assinado contra alguém que não cumpre as regras da comunidade e para que isso não aconteça tens que engolir sapos todos os dias e como podes compreender meu Deus, isso não é viver em dignidade, mas sim viver uma vida insipida, miserável, sem um mínimo grau de positividade de poderes chegar ao dia seguinte.
O grande problema é, que no pátio existem várias correntes que te indicam a forma como deves de viver. Antes só existia uma corrente e todos tinham que seguir a mesma. Este princípio além de miserável e mesquinho, era menos complicado que os princípios de hoje. Hoje ao existirem vários princípios tudo se complicou no pátio.  De um dia para outro te dizem que o passado morreu e que a partir de hoje tudo vai ser diferente. As regras existentes deixaram de existir. De um momento ao outro se formou um polvorinho pior que uma manada de bestas a correr. Uns gritavam! Eu sou a solução. Outros diziam as mesmas coisas com palavras diferentes. Uns se diziam comunistas, outros, socialistas, direitistas, esquerdistas, Republicanos, democratas socias, tudo manos fascistas. Não se sabe como de um momento para outro aparecerem tantas bandeiritas que representavam essa quantidade de novos partidos que querem dominar o País.
Foi assim que a ditadura deixou de ser uma ditadura solitária, para passar a ser, uma ditadura comunitária. Isto é, antes havia um conjunto de barrigas vazias que chupavam da teta sem nada fazerem, hoje multiplicaram-se por vinte para continuarem a não fazerem nada exceto venderem a riqueza que os outros criaram e a meterem as mãos nas algibeiras dos pobres reformados e não reformados para andarem por aí em grandes cilindradas a conta do desgraçado que está a passar fome.
Esta multiplicação não só aumentou o número de executivos, também aumentou em outros tantos amigos e familiares que tudo vive à conta da mesma receita. O ditado é muito antigo meu Deus, “ quem tem amigos não morre na Cadeia” e assim é meu Senhor! Imagine nós um povo tão pobre mais tesos que um bacalhau seco, ainda nos fazem passar por grandes Senhores a gastarem dinheiro em prospeções para novos Aeroportos e combóis de grandes velocidades TGV, quando já nem sequer havia dinheiro para comprar fraldas, mas de maneira nenhuma se podiam deixar desempregados os peritos em prospeções imaginarias.

Agora vamos passar a uma terceira fase de uma vida de Lordes. Digo terceira fase de vida, porque nenhuma vida entre nós é igual. Há quem diga que a vida de fulano, sicrano e beltrano é uma vida abaixo de cão. É bastante constringente para mim falar desta vida de Lordes que não são Lordes, mas sim, vossos Servos segundo eles dizem. Em realidade, segundo a vida que levam de maneira nenhuma acredito que eles sejam vossos Servos, mas sim, que se aproveitam do vosso poder para viverem cá na terra como Vós viveis nos altos Céus. 

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